Uma das melhores partes de viver em São Paulo é que você pode desfrutar das mais variadas tecnologias que a cidade oferece, como as exposições imersivas que rolam por aqui, por exemplo. Por outro lado, se quiser fazer uma visitinha ao passado, você não precisa ir muito longe. Os palacetes memoráveis de SP contam histórias únicas do século passado.
Por isso, listamos oito palacetes do século XX para você conhecer e, quem sabe, fazer uma visita assim que possível.
Palacetes em SP e suas histórias:
Palacete Joaquim Franco de Mello
Você com certeza já deve ter se deparado com este senhor enquanto andava pela Avenida Paulista. Um dos palacetes mais memoráveis de SP surgiu na era residencial da avenida e é o único que ainda está de pé.
De arquitetura eclética, a construção erguida em 1905 serviu de residência para o coronel Joaquim Franco de Mello, sua esposa e filhos. O imóvel contém 35 cômodos, incluindo a “sala dourada”, usada apenas na ocasião de visitas ilustres, e uma extensa área verde particular.
Em 1992, o tombamento do casarão gerou briga judicial entre o Governo do Estado e a família Franco de Mello. Posteriormente, em 2019, ficou definido que a Secretaria Estadual da Cultura assumiria a área de 4720m², que passaria por reformas para abrigar um espaço cultural interativo que ainda não foi inaugurado.
Onde: Avenida Paulista, 1919 – Bela Vista
Palacete Stahl
O casarão foi construído entre 1920 e 1921 para receber o primeiro cônsul-geral da Coroa Sueca, Gustav Stahl. Desde então, já foi até sede do Império do Japão no Brasil, em 1940. Os anos se passaram e atualmente o palacete abriga a sede do Instituto Artium de Cultura.
Se um dia você visitar o instituto, não deixe de passar pela sala que conta a história do palacete por ordem cronológica e, claro, aproveitar o ambiente e seu agradável jardim.
Onde: Rua Piauí, 874 – Higienópolis
Palacete Tereza Toledo Lara
O conde Antônio Toledo de Lara, um dos fundadores da Antarctica, encomendou a construção de estilo predominantemente eclético.
Quando entregue, em 1910, o proprietário decidiu nomear o palacete em homenagem a sua filha. A princípio, apenas escritórios comerciais e de advocacia, além de consultórios médicos e de ortodontia ocupavam o imóvel. Em 1912, passou a ser o novo endereço da Casa Bevillacqua, a primeira loja de instrumentos musicais da cidade. Mais tarde, na década de 1940, abrigou a sede da Rádio Record, trazendo ao palacete a alcunha de “esquina musical de São Paulo”.
Tal fama acompanhou o edifício ao longo dos anos: desde 2017, o local é ocupado pelo tradicional espaço de shows Casa da Francisca.
Onde: Rua Quintino Bocaiúva, 22 – Sé
Palacete Rosa
O casarão foi construído em 1927 para ser a residência da família Jafet no Brasil. A localização escolhida era estratégica, já que o palacete ficava próximo à industria textil dos ricos imigrantes libaneses.
O estilo mourisco e tonalidade rosa da construção chamam atenção por sua elegância até hoje. Por isso, o nome Palacete Rosa. Além disso, os arcos árabes na varanda dão pistas de quem passou por ali.
Após o falecimento do casal Jafet, os filhos venderam o edifício que, após passar por vários donos, foi leiloado e hoje abriga um luxuoso espaço de festas.
Onde: Rua Bom Pastor, 801 – Ipiranga
Palacete do Carmo
Construído no início dos anos 1920, o Palacete do Carmo tem seis andares em estilo europeu, mais precisamente à arquitetura parisiense. Infelizmente, grande parte desse charme está escondida pelo aspecto degradado do edifício e as telas de proteção que o cercam.
Suas salas comerciais chegaram a sediar um tabelião, um consultório dentário e até uma estação de rádio em tempos mais gloriosos
Onde: Esquina entre Rua Venceslau Brás e Rua Roberto Simonsen – Sé
Ema Klabin
Ainda em vida, a empresária Ema Klabin encomendou a casa sob medida para abrigar sua coleção de mais de 1600 itens de arte. Na lista, esta é a com estilo mais moderno e misto, construída em meados dos anos 1950. Aliás, Roberto Burle Marx foi responsável por idealizar o projeto inicial do amplo jardim.
Desde 1978, a casa abriga a Fundação Cultural Ema Gordon Klabin, uma instituição sem fins lucrativos que promove diversas programações culturais além do museu aberto para visitação.
Onde: Rua Portugal, 43 – Jardim Europa
Palacete Helvetia
Idealizado pelo cônsul suíço Achilles Isella, o imóvel surgiu em 1923 e teve fama de bem frequentado. Nesta época, a região da Luz era casa de inúmeros hotéis luxuosos, daí a ideia de destinar os dois andares superiores do palacete a quartos para aluguel. Enquanto isso, o térreo assumia função comercial.
Mais tarde, em 1986, o Helvetia esteve em perigo com o polêmico plano de revitalização do bairro proposto pelo então prefeito Jânio Quadros. O objetivo era passar um trator por cima de tudo e construir uma “Nova Luz”, com prédios maiores, mais modernos e mais imponentes. Mas o projeto acabou impedido no mesmo ano, com o tombamento emergencial de 153 imóveis entre os bairros Campos Elíseos e Santa Ifigênia.
Em 2012, a prefeitura em conjunto com a marca de tintas Suvinil, pintaram o palacete e outras construções para cumprir um programa de revitalização da área. Mesmo com a iniciativa, as reformas e adaptações feitas pelos proprietários ao longo de sua existência descaracterizaram o edifício.
Onde: Esquina entre Rua Aurora e Rua Santa Ifigênia – Santa Ifigênia
Casa Higienópolis
Para encerar a lista de palacetes em SP: o Casarão Higienópolis foi encomendado pelo barão do café Leôncio de Magalhães em 1927, a construção tem arquitetura eclética inspirada nos palacetes franceses do século 19 encanta de longe os moradores de SP.
Tombado pelo Patrimônio Histórico, o casarão Nhonhô Magalhães foi construído no século passado e hoje está disponível para sediar eventos corporativos e sociais e receber o público na instituição cultural presente no local. Além disso, a casa integra o complexo do Shopping Pátio Higienópolis. Por fotos é possível conferir que a construção está bem cuidada e revitalizada.
Onde: Avenida Higienópolis, 758 – Consolação