Instituição ocupa antiga hospedaria que já recebeu mais de dois milhões de imigrantes.
Todo ano, o 25 de junho é reservado para comemorar o Dia do Imigrante, data que tem um significado especialíssimo para São Paulo. Afinal, o que seria da cidade mais cosmopolita do Brasil sem os diferentes povos que contribuíram para sua edificação nos últimos séculos?
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Tamanha importância fez com que a Secretaria de Estado da Cultura sentisse a necessidade de se ter um espaço para contar, recontar e entender o processo imigratório que formou a São Paulo que conhecemos hoje. Foi assim que, em 1993, foi aberto o Museu da Imigração do Estado de São Paulo.
O local escolhido para abrigar a instituição foi certeiro: a antiga Hospedaria de Imigrantes do Brás. Hoje patrimônio tombado, o prédio funcionava como centro de recepção de estrangeiros, tendo recebido mais de dois milhões de pessoas, de mais de 70 nacionalidades, entre os anos de 1887 e 1978.
Além de analisar as histórias daqueles que chegaram por aqui há décadas, o MI também se propõe a debater sobre a imigração contemporânea e analisar como essas pessoas continuam a contribuir para a cidade. Os materiais disponíveis no local incluem cartas de chamada, itens cartográficos, jornais e listas com nomes daqueles que se abrigavam na antiga hospedaria.
Exposição permanente
Há uma exposição permanente no Museu da Imigração. Chamada “Migrar: experiências, memórias e identidades”, a mostra compartilha com o visitante todo o trabalho de preservação e pesquisa desenvolvido pela instituição.
Com módulos que abordam desde os grandes movimentos imigratórios dos séculos XIX e XX até as políticas relacionadas ao tema, a exposição tem como objetivo incentivar o respeito às diversidades.
Estrutura
O Museu da Imigração conta com quatro ambientes principais. O primeiro deles é o jardim de quase 3 mil metros quadrados. Há mobiliários para lanchinhos e piqueniques, espaço para prática de meditação, gramado para apresentações culturais e várias espécies de árvores e plantas.
Além disso, há também um auditório com 96 lugares, onde acontecem palestras, workshops e seminários ligados ao tema do museu. Para completar a visita, o visitante encontra na lojinha souvenires como canecas, cadernos, bolsas, cartões-postais e até mala de viagem. Finalmente, no café, dá para forrar a barriga com opções de tortas e cookies artesanais.
Onde: Rua Visconde de Parnaíba, 1316 – Mooca