
Pensar em uma São Paulo sem o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) é como imaginar o Rio de Janeiro sem o Corcovado: simplesmente não dá certo. A imagem do museu está tão atrelada à cidade que sua imagem estampa boa parte das lembrancinhas que turistas compram para levar para casa.
A construção assinada pela arquiteta Lina Bo Bardi ergue-se imponente Avenida Paulista. Mais do que um museu, o MASP se tornou é um ícone da arquitetura paulistana, além de um verdadeiro portal para a História da Arte.

Conheça a história do MASP
Para entender a fundação do MASP é necessário retornar ao cenário econômico dos anos 1940. Isso porque, o crescente desenvolvimento industrial da época se refletia em São Paulo, que passou a atrair mais e mais pessoas, empresas e indústrias.
Porém, quando o assunto era cultura, a cidade se encontrava estagnada. A Semana de Arte Moderna de 1922 havia causado burburinho necessário para algumas conquistas da classe artística, mas não o suficiente para atingir o grande público. Por aqui, havia apenas uma casa de ópera e um único museu: a Pinacoteca do Estado.
A partir deste cenário, o jornalista paraibano Assis Chateaubriand usou sua influência como proprietário dos Diários Associados (o maior conglomerado de veículos de comunicação do Brasil na época) para conseguir meios de fundar um museu de nível internacional no país.
Inicialmente, o museu seria sediado no Rio de Janeiro, mas Chateaubriand acreditou que em São Paulo teria mais recursos para encontrar patrocínios.

A compra de artes (e a ajudinha de um Bardi)
Por não ser especialista em obras de arte, Assis Chateaubriand contou com a ajuda do também jornalista e crítico de arte italiano Pietro Maria Bardi na hora de adquirir quaisquer peças.
À época, a Europa se reerguia após o fim da Segunda Guerra Mundial e vendia muitas peças de seus acervos por “preço de banana”. Ou seja, era a chance de ouro para Chateaubriand formar um catálogo extenso e invejável para o futuro museu.

Outra Bardi entra na jogada
A arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi, esposa de Pietro, reformou um espaço de mil m2 em um prédio no centro da cidade para abrigar o MASP que foi, finalmente, inaugurado em 2 de outubro de 1947.
Porém, na década seguinte, com o crescimento do acervo e o oferta de cursos, o museu precisava de uma nova sede. Foi, então, que Lina ficou encarregada de encontrar o local ideal. Até que chegou a um local livre na Avenida Paulista, onde anos antes funcionara o Belvedere Trianon (ponto de encontro da elite paulistana do período cafeeiro).

O terreno havia sido cedido para a prefeitura sob a condição de que a vista para a avenida Nove de Julho fosse preservada. Assim, a arquiteta projetou a famosa edificação suspensa por quatro pilares laterais, a fim de não “tampar” o centro da cidade.
Depois de uma década de obras, a atual sede do MASP teve sua inauguração em novembro de 1968, poucos meses após Assis Chateaubriand morrer, vítima de uma trombose. Apesar de não ter visto a idealização do seu sonho finalizado, Chateaubriand deixou um legado enorme para São Paulo.

Uma coleção extraordinária
De acordo com seu site oficial, o MASP é “considerado o museu de arte mais importante do Hemisfério Sul, com cerca de 10.000 peças”.
Com obras que vão desde a Antiguidade até o século 21, seu acervo inclui obras de renomados artistas internacionais e brasileiros. Por exemplo, Van Gogh, Monet, Renoir, Picasso, Lasar Segall, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Candido Portinari e Lygia Clark.

📍 Avenida Paulista, 1578 – Bela Vista
MASP iluminado por um mar de velas
Imagine visitar um dos cartões-postais de São Paulo e ainda desfrutar de um concerto iluminado à luz de velas? Pois a série de concertos Candlelight preparou um fim de semana especial para os apaixonados por arte e música. Em maio, o MASP ganhará o brilho deste evento que conquista a audiência por onde passa.
Se você é fã de Taylor Swift, as sessões do dia 25 são perfeitas. Você poderá ouvir grandes hits da cantora, como ‘Love Story’, ‘Cardigan’ e muitos outros em um espetáculo único!
Agora, se você adora jazz, as sessões do Candlelight em tributo a Frank Sinatra, no dia 26, são para você! Afinal, não é sempre que um dos museus mais famosos de São Paulo e ilumina à luz de velas, enquanto um quarteto de cordas apresenta ‘Fly Me To The Moon’ e ‘My Way’, não é?