Um dos piores inimigos do paulistano é, com certeza, ele: o trânsito. Com aproximadamente doze mil habitantes, a maior cidade do Brasil conta com a maior frota de automóveis do país, com mais de trinta e dois milhões de veículos transitando pelas ruas — o que transforma uma simples ida para o trabalho em uma verdadeira odisseia pelo trânsito de São Paulo.
Desde a pandemia do Covid-19, porém, o regime híbrido (que mistura trabalho presencial e à distância) tem se tornado cada vez mais comum. E pesquisas apontam que essa nova dinâmica de trabalho vêm causando mudanças significativas no trânsito da capital. Confira!
Trânsito de São Paulo fica menos intenso às segundas e sextas-feiras
Atualmente, SP acumula mais de 300km de engarrafamentos. Isso faz com que muitas pessoas fiquem horas presas no trânsito para se locomover até o trabalho, e vejam o home office como uma solução.
Esta reportagem do G1 aponta que os dias mais escolhidos para trabalhar de casa são segunda e sexta-feira, o que significa menos carros transitando pelas ruas.
Em ambos os dias, a média de engarrafamentos no ano de 2023 apresenta um aumento pequeno, ou até uma queda em relação a 2022. Já nas terças, quartas ou quinta, quando a maioria das pessoas trabalha de fora, os engarrafamentos estão, em média, 8% mais intensos do que no ano passado.
Confira os dados completos:
Maiores mudanças no trânsito
🚘 Terça-feira (⬆️alta de 8,9%)
2022 – 292 km
2023 – 318 km
🚘 Quarta-feira (⬆️alta de 9%)
2022 – 300 km
2023 – 327 km
🚘 Quinta-feira (⬆️alta de 5,8%)
2022– 323 km
2023 – 342 km
Menores mudanças no trânsito
🚘 Segunda-feira (⬆️alta de 3,8%)
2022 – 231 km
2023 – 240 km
🚘 Sexta-feira (⬇️queda de 2,3%)
2022 – 334 km
2023 – 326 km
Os dados são da a Companhia de Engenharia de Tráfego, via G1.
Happy hour às quintas: outros efeitos do trabalho à distância
A chegada do home office impactou também a vida noturna da cidade. Com mais pessoas trabalhando de casa às sextas, o happy hour deixou de acontecer no último dia útil da semana.
Em entrevista para o G1, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Luiz Hirata, afirma que o movimento dos bares está ficando maior às quintas do que às sextas.