A Casa do Regente Feijó está escondida em meio à modernidade de São Paulo, sendo uma testemunha silenciosa dos tempos coloniais. Com 300 anos de existência, a construção é um dos últimos exemplares de taipa de pilão na cidade, guardando memórias dos primórdios paulistanos.
Isso porque o casarão está no Sítio do Capão, cujos primeiros registros são de 1698! Após séculos de história, a Casa do Regente Feijó se tornou um símbolo da arquitetura bandeirista e preserva não apenas paredes antigas, mas também capítulos importantes da política brasileira.

Casa do Regente Feijó abrigou políticos e obras sociais
O nome homenageia o morador mais ilustre do casarão, o padre Diogo Antônio Feijó. Mais conhecido como o Regente do Império, Feijó adquiriu a propriedade em 1829 e residiu nela até meados do século 19, período em que já desempenhava um papel central na política brasileira.
Em 1911, o Sítio do Capão mudou de ares e se transformou em um polo de solidariedade. A poetisa e filantropa Anália Franco fundou ali a Associação Feminina Beneficente e Instrutiva, que auxiliava crianças e mães em situação de vulnerabilidade. Em uma época em que o preconceito era ainda maior, a Casa do Regente Feijó foi revolucionária: abrigou pessoas de todas as crenças e etnias, inclusive com deficiências.

Sítio do Capão abre as portas em datas específicas
Por conta de sua importância histórica e arquitetônica, a Casa do Regente Feijó se tornou patrimônio do estado de São Paulo em 1984. Assim, o espaço passou por uma restauração que preservou sua essência rural e bandeirista, conservando técnicas originais como a taipa de pilão.
O casarão histórico integra hoje o campus Anália Franco da Universidade Cruzeiro do Sul. O espaço não está aberto para visitas regulares, mas em datas e eventos especiais, é possível conhecer de perto um dos exemplares arquitetônicos mais valiosos de São Paulo. Por isso, vale a pena acompanhar as redes sociais da universidade para não perder oportunidades únicas de visita ao Sítio do Capão!
