Passagem subterrânea coleciona histórias assustadoras de ex-funcionários do Hospital das Clínicas.
Se você mora, trabalha ou visita frequentemente a região da estação Clínicas do Metrô de São Paulo, com certeza conhece a avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar. Ligação entre a Teodoro Sampaio e a Rebouças, a via aparenta não ter nada de extraordinário. Pelo menos em sua superfície.
+ 5 passeios subterrâneos para descobrir São Paulo
A poucos palmos abaixo dali, estende-se por um total de 103 metros um túnel tortuoso cuja função é bastante fúnebre. É por lá que os pacientes mortos no Hospital das Clínicas são levados ao Serviço de Verificação de Óbitos.
Para se ter uma ideia, mais de 2.500 corpos “fizeram a travessia” pelo chamado “Túnel dos Mortos” em 2010, com média de sete cadáveres por dia. Nos últimos anos, a quantidade diária de pacientes subiu para 12.
Construída em 1944, a passagem subterrânea é uma maneira de tornar o transporte de mortos mais eficiente, discreto e rápido. Não à toa, o espaço já “recebeu” corpos de figuras ilustres como Elis Regina e Raul Seixas.
E é claro que um lugar tão lúgubre também registra sua cota de histórias para assustar até os menos impressionáveis. Pela internet, é fácil encontrar relatos de ex-funcionários do Hospital das Clínicas que alegam ter visto vultos e barulhos inexplicáveis. Os episódios fizeram com que o apresentador Gugu Liberato visitasse o local em 2015, e preparasse uma reportagem especial sobre o caráter sobrenatural de lá.
Mesmo com toda a curiosidade que paira sobre o túnel, ele não fica aberto ao público para visitação. Há controle bastante restrito sobre os funcionários que passam por lá e um histórico de quem manuseia as chaves que abrem a passagem subterrânea.
Onde: Avenida Doutor Enéas Carvalho de Aguiar, 255 – Cerqueira César
+ Conheça as “estações fantasmas” do Metrô de São Paulo
Foto de capa: Cedric