Localizado no Jardim São Bento, zona norte de São Paulo, o Sítio Morrinhos é um conjunto arquitetônico, que inclui uma casa construída em 1702 – data que encontra-se marcada na porta principal da construção -, parte das Casas Históricas da cidade.
Hoje, sede do Centro de Arqueologia de São Paulo, vinculado ao Departamento do Patrimônio Histórico, o local era a residência rural da família Baruel no século 18.
A casa sede, a porção mais antiga do conjunto, apresenta tipologia construtiva com as características da chamada arquitetura bandeirista, sendo construída com a técnica de taipa de pilão. O pavimento térreo conta com cinco cômodos e um alpendre. As construções anexas, antigamente utilizadas como senzala, abrigo para animais e oficinas, são de alvenaria de tijolos do século 19.
Em 1902, toda a área foi levada a leilão e arrematada pela Associação Pedagógica Paulista, como representante do Mosteiro de São Bento. A partir de então, o espaço foi utilizado como chácara de descanso de seus membros nos finais de semana.
No pavimento superior, foi construída a camarinha pelos beneditinos no início do século 20.
Em 1952, o Mosteiro de São Bento faz um acordo com a firma Camargo Correa S.A. para a realização do loteamento da região que deu origem ao atual bairro Jardim São Bento. A partir desse acordo, Sebastião Ferraz de Camargo passou a ser o proprietário do lote onde se encontra esse conjunto e, em 1952, doou o imóvel para a Prefeitura do Município de São Paulo.
O Sítio Morrinhos só foi reaberto ao público em 2008 e, desde então, abriga o Centro de Arqueologia de São Paulo. O acervo do museu apresenta cerca de 1 milhão de peças e pode ser visitado de terça a domingo, das 10h às 16hs, gratuitamente.
Onde: Rua Santo Anselmo, nº 102 – Jardim São Bento