Casarão localizado no Centro Histórico é o único exemplar de moradia daquela época.
Passear por São Paulo é ter a certeza que, vez ou outra, vai acabar topando com alguma construção centenária. Uma das mais conhecidas é o Solar da Marquesa de Santos, localizado próximo ao Pátio do Colégio, no Centro Histórico.
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Não se sabe exatamente o ano de construção do imóvel, mas alguns documentos sugerem que isso tenha acontecido entre 1739 e 1754. Seu primeiro morador documentalmente comprovado foi o Brigadeiro José Pinto de Morais, que ganhara a residência como pagamento de uma dívida, em 1802. Porém, foi só três décadas depois que o casarão recebeu sua primeira residente ilustre.
Domitila de Castro Canto e Melo, mais conhecida como Marquesa de Santos, viveu lá entre 1834 e 1867. Foi durante essa época que a conhecida amante de Dom Pedro I promoveu seus históricos bailes de máscaras na residência.
Após a morte da proprietária, o palacete passou para as mãos de seu filho, o Comendador Felício Pinto de Mendonça e Castro. No entanto, endividado, ele acabou perdendo o imóvel, que foi arrematado pela Mitra Diocesana em 1880.
Modificações na estrutura e descaracterização
Conforme o tempo passava, a casa passava por diversas modificações para adequar seu uso aos novos donos. Em 1909, o Solar teve janelas transformadas em vitrines e parte do teto demolido para a abertura de um pátio. As modificações só cessaram quando a escritura foi para as mãos da Prefeitura, em 1967.
A residência foi finalmente tombada em 1971 e foi sede da Secretaria Municipal de Cultura da Cidade. Desde 2018, o Solar da Marquesa de Santos pertence ao Museu da Cidade de São Paulo que, por sua vez, integra do Departamento dos Museu Municipais.
Mesmo com todas as modificações, o imóvel ainda é tido como o único exemplar de residência do século XVIII em São Paulo. Quem visita o local ainda pode encontrar a fachada em estilo neoclássico tradicional e paredes de taipa de pilão preservadas. Lá dentro, utensílios domésticos, parte do mobiliário e até a banheira utilizada pela Marquesa de Santos permanecem como lembranças históricas.
Onde: Rua Roberto Simonsen, 136 – Centro Histórico de São Paulo
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Foto de capa:
Erramos!
Anteriormente, o texto dizia que hoje, o Solar abrigava a sede da Divisão de Iconografia e Museus do Departamento de Patrimônio Histórico. Esta informação já não procede. Desde 2018, em virtude do Decreto nº 58.207/18 (http://legislacao.prefeitura.