Use a tecnologia a seu favor e aproveite para conhecer espaços que oferecem o acervo virtualmente Apesar do momento conturbado que estamos vivendo, sem podermos sair de casa, temos a sorte de poder passar por isso com a tecnologia ao nosso lado.
Diversos museus encontraram formas de levar ao público arte , nas redes sociais artistas fazem shows para entreter quem está isolado, grupos contam histórias para as crianças e, assim, os dias ficam mais leves.
Nós já mostramos a plataforma do Google com mais de 500 museus virtuais para quem quer cultura sem sair de casa. O Museu de Arte de São Paulo, o MASP , está na lista. Fundado em 1947, pelo empresário brasileiro Assis Chateaubriand, foi o primeiro museu moderno do Brasil.
Na plataforma do gigante das buscas, o usuário pode acompanhar seis exibições do espaço e ver milhares de itens do acervo.
Além da opção do Google Arts & Culture, o museu seguiu a tendência de levar para as redes sociais algumas de suas obras mais icônicas através da ação MASP em casa . Todos os dias, um dos quadros é publicado no Instagram e os curadores contam mais sobre a escolha.
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[curadoria] em casa Eu sou do Texas, no sul dos Estados Unidos. Durante muitas gerações, todas as mulheres na minha família fizeram quilts—uma colcha de retalhos tipicamente americana como esta, que foi mostrada na exposição ‘Histórias das Mulheres: artistas até 1900’, que eu co-curei com Mariana Leme e Lilia Moritz Schwarcz em 2019 no MASP. Poderíamos dizer que esse tecido tem ‘fabricação anônima’; no entanto, provavelmente é melhor dizer que foi feito por uma mulher cujo nome já foi conhecido no passado, mas cuja autoria foi perdida na história [imagem 1]. O quilt foi exposto na mostra próximo de uma pintura da impressionista estadunidense Mary Cassatt (1843-1926) [imagem 2], que também usou pequenos elementos discretos – pinceladas entrelaçadas como pedaços de tecido – para criar um efeito óptico. Uma tradição entre as famílias brancas e negras no sul dos Estados Unidos é que as mulheres criam quilts especiais como presentes para ocasiões importantes, como casamentos. Você pode ver pelo tecidos caros usado aqui nesse trabalho que esse teria sido um quilt muito especial e possivelmente nunca foi colocado em uma cama para esquentar, mas poderia ter sido pendurado na parede como uma tapeçaria. Minha avó me costurou um quilt bem parecido com esse quando eu nasci; eu deveria recebê-lo quando me casei. Mas porque sou queer/gay, isso nunca aconteceu; em vez disso, meu pai me deu o quilt quando completei meu doutorado em história da arte. — Julia Bryan-Wilson é curadora de arte moderna e contemporânea @masp 1, 2. Autoria desconhecida, Colcha ‘cerca de trilho’, circa 1890, Pensilvânia, acervo MASP, compra no contexto de ‘Histórias das mulheres’, 2019 3. Mary Cassatt, ‘Verão’, 1894, acervo Terra Foundation for American Artc, coleção Daniel J.Terra, 1988.25 4, 5. ‘Histórias das mulheres, histórias feministas’, catálogo da exposição, MASP, 2019, 320p Nesta nova série do masp [curadoria] em casa, pedimos aos colegas da curadoria para escrever sobre uma imagem ou lembrança de algum modo relacionada ao museu a partir de uma perspectiva pessoal. #maspemcasa #maspcuradoriaemcasa #quilt #marycassatt #históriasdasmulheres #históriasfeministas #juliabryanwilson
Uma publicação partilhada por Museu de Arte de São Paulo (@masp) a 31 de Mar, 2020 às 9:04 PDT
Foto de capa: Pinterest