O Palacete Conde de Sarzedas é um edifício tombado, no bairro da Liberdade, do final do século 19. Atualmente, é a sede do Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com o Tribunal de Justiça, o palacete foi encomendado por Luiz de Lorena Rodrigues Ferreira, descendente do 5º Conde de Sarzedas. Por isso, leva o seu nome.
Apesar do nome oficial, a vizinhança da época apelidou o prédio de “castelinho do amor”. Isso porque, segundo a história, o proprietário, já com 60 anos, apaixonou-se por Marie Louise Belanger, uma francesa de 18 anos. O palacete seria, então, a expressão máxima do seu amor pela jovem.
Como foi muito bem colocado pelo time da Refúgios Urbanos em reportagem sobre o palacete: “Não é que a serenata feita de tijolos e vitrais deu certo?”
O início da Liberdade
No fim do século 19, a região que é do bairro da Liberdade começa a surgir. Dentre as herdades tradicionais que ali existiam, estava a Chácara Tabatinguera, propriedade de Dona Anna Maria de Almeida Lorena.
Dona Annna era neta de D. Bernardo José de Lorena, o 5º Conde de Sarzedas, e foi a responsável pela abertura de ruas em suas terras. Por exemplo, ruas como a Conselheiro Furtado e Conde de Sarzedas surgiram nesse momento.
Os endereços aparecem nos mapas pela primeira vez em 1890, na Planta Geral da Capital de São Paulo, de Gomes Cardim.
Palacete Conde de Sarzedas no decorrer do tempo
Após a morte de Luiz de Lorena Rodrigues Ferreira, sua esposa, filho e nora permaneceram no local até 1939. Com a mudança, o imóvel passou a ser alugado e deteriorou-se com o tempo.
Isso muda nos anos 2000, quando a Fundação Carlos Chagas idealiza um novo espaço para o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o Edifício 9 de Julho. O prédio fica atrás do palacete e, por conta da construção do mesmo, a instituição assumiu o restauro do “castelinho do amor”, tombado em 2002.
Desde 2007, este patrimônio histórico da cidade de São Paulo abriga o Museu do Tribunal de Justiça. Por lá, o visitante encontra importantes coleções que preservam e divulgam a criação e evolução do Poder Judiciário Paulista.
As visitas ao museu são gratuitas e acontecem de segunda a sexta, das 11h às 17h.