Já está em cartaz a ‘Ocupação Mario Pedrosa’, exposição em homenagem ao crítico Mário Pedrosa (1900-1981), personalidade essencial para a construção crítica cultural e artística do Brasil no século XX. A mostra reúne mais de trezentas peças, entre documentos, fotografias e trocas de cartas com personalidades das artes, como Hélio Oiticica, Picasso, Miró e Lygia Clark.
A exposição ficará até dia 18 de fevereiro de 2024 na Sala Multiuso do Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149). A visitação é gratuita de terça-feira a sábado (11h às 20h), ou em domingos e feriados (11h às 19h). Fique por dentro a seguir!
‘Ocupação Mario Pedrosa’
A exposição permite ao público conhecer o percurso de Mario Pedrosa, singular crítico de arte de Timbaúba, Pernambuco. Nascido em 1900, ele teve uma vida de intensa atuação nos variados lugares por onde passou, como Rio de Janeiro e São Paulo, além da Alemanha, Chile, Estados Unidos e outros países.
A curadoria é da equipe Itaú Cultural, ao lado do jornalista Marcos Augusto Gonçalves e com a consultoria de Quito, neto de Pedrosa. Juntos, o grupo construiu um amplo panorama da vida e, acima de tudo, da constituição e essência do pensamento e atuações do homenageado.
A exposição
Logo na entrada da ‘Ocupação Mario Pedrosa’, o público confere um audiovisual sobre o homenageado. Nele você verá imagens e manuscritos do crítico, além de depoimentos sonoros sobre ele de personalidades ligadas à arte.
Um dos depoimentos é, inclusive, da curadora Aracy Amaral. Ela afirma:
Não existe crítico de arte como Mario Pedrosa, mais. Ele era cultura como um todo, seja política, seja arte, seja arquitetura. E ele se comovia especificamente com a população brasileira”.
Desde já, temos contato com o princípio da vida de Pedrosa, com a exibição de fotos desde sua infância e documentos resgatados.
Na sequência, ressalta-se a sua atuação política e, sobretudo, como crítico de arte. Um painel de quatro metros se estende por uma das paredes, indicando a extensão internacional da sua atuação em uma linha do tempo.
Outro ponto da Ocupação é dedicado à luta de Pedrosa pelo fortalecimento das instituições culturais. De exemplo, há uma missiva assinada por Tarsila do Amaral que, ao declarar seu voto acerca da transferência do Museu de Arte Moderna à USP, sugeriu que Pedrosa (então diretor do museu) seguisse no cargo.
Na ‘Ocupação Mario Pedrosa‘, o público também encontra a reconstituição cenográfica do apartamento de Pedrosa. Este é um convite para o visitante sentar e aprofundar a leitura em textos completos do crítico em um espaço altamente emblemático. Isso porque a residência de Mario Pedrosa e sua mulher Mary Houston, era um centro catalizador de artistas, intelectuais e políticos para encontros, conversas e debates.