Em 2023, o MASP — um dos mais importantes de São Paulo — escolheu como tema principal histórias indígenas. Com isso, durante todo o ano, o museu traria em sua programação narrativas que exaltassem o poder e a importância dos povos originários e sua cultura. Sendo assim, confira agora três novas exposições em cartaz no MASP, todas com protagonismo indígena do Brasil e do exterior.
Exposições em cartaz no MASP
‘Histórias indígenas’
‘Histórias indígenas’ é uma mostra coletiva, contando com obras de diversos artistas. Ela apresenta, por meio da arte e da cultura visual, diferentes perspectivas sobre as histórias indígenas da América do Sul, América do Norte, Oceania e Escandinávia.
A exposição conta com a colaboração do Kode Bergen Art Museum, na Noruega. A curadoria é de Edson Kayapó, Kássia Borges Karajá e Renata Tupinambá, curadores-adjuntos de arte indígena do MASP, além de curadores convidados do México, Canadá, Peru, Noruega, Nova Zelândia e Austrália.
A coletiva compreende oito núcleos. Sete deles são dedicados a diferentes regiões do mundo: ‘Relações que nutrem: família, comunidade e terra’ (Canadá), ‘A construção do eu‘ (México), ‘Histórias de pintura no deserto’ (Austrália), ‘Pachakuti: o mundo de cabeça para baixo’ (Maori, Nova Zelândia), ‘Tempo não tempo’ (Brasil) e ‘Várveš: escondidos do dia’ (Sami, Noruega).
Já o oitavo é um núcleo temático de título ‘Ativismos’, organizado por todos os curadores da mostra.
‘Histórias indígenas’ fica disponível no 1º andar e 2º andar subsolo do MASP até o dia 25 de fevereiro de 2024.
‘Melissa Cody: céus tramados’
Melissa Cody nasceu em 1983 na Nação Navajo, povo originário do estado do Arizona (EUA).
A artista trabalha com tecelagem, mesclando símbolos e padrões tradicionais da tapeçaria navajo com referências que vão do universo pop dos videogames às paisagens do Arizona.
Agora em São Paulo, sua mostra conta com mais de vinte têxteis, além de uma vitrine com ferramentas e materiais utilizados pela artista.
A exposição ‘Melissa Cody: céus tramados’ foi organizada pelo MASP em parceria com o MoMA PS1, de Nova York (EUA). Você pode conferi-la na galeria do 1º subsolo do MASP até dia 21 de janeiro de 2024.
Sala de vídeo: ‘Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortagua’
A próxima das exposições em cartaz no MASP é a sala de vídeo ‘Glicéria Tupinambá e Alexandre Mortagua’, que conta com a exibição do longa-metragem ‘Quando o Manto fala e o que o Manto diz’ (2023).
O filme registra o processo de confecção do Manto Tupinambá da Serra do Padeiro, no sul da Bahia, por Glicéria. Com isso, o longa demonstra a potência dessa tecnologia ancestral na contemporaneidade, reforçando a perspectiva feminina e o protagonismo da mulher indígena.
‘Quando o Manto fala e o que o Manto diz’ tem como personagem central o Manto Tupinambá recriado por Glicéria. Acompanhado de reflexões da artista, o filme registra diferentes etapas de construção da peça, que era utilizada em rituais e é um símbolo de memória e resistência do povo indígena Tupinambá.
Você pode assistir ao filme no 2º subsolo do MASP, até o dia 3 de dezembro de 2023.