Local começou a ser construído em 1600 e só foi concluído no século XX.
É impossível sair da estação São Bento do Metrô e não perceber a enorme e imponente construção secular que se ergue a sua frente. Estamos falando do Mosteiro de São Bento, um dos templos mais antigos de São Paulo, que levou mais de dois séculos para ficar do jeito que o conhecemos hoje.
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Muitas e muitas melhorias ao longo dos anos
Sua história começa no século XVI, mais precisamente em 1598, quando os beneditinos chegaram à cidade. Com isso, uma capela dedicada a São Bento começou a ser construída em 1600 e foi concluída em 1634, quando instituiu-se a Abadia.
A estrutura passou por seu primeiro processo de ampliação em 1650, sob patrocínio do bandeirante Fernão Dias Pais. Em troca do suporte financeiro, o patrono pôde ser sepultado na igreja do mosteiro, onde seus restos mortais se encontram até hoje.
O complexo ganhou ainda um colégio e a Faculdade de São Bento, nos anos de 1903 e 1908, respectivamente.
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Renovação final
A renovação definitiva do local aconteceu por causa do religioso alemão Dom Miguel Kruse, que pretendia modernizar o lugar. Assim, a igreja e o mosteiro da época colonial foram ao chão em 1910 para que um novo edifício fosse construído.
Seguindo o projeto do arquiteto Richard Berndl, as obras se estenderam até 1922, quando o novo Mosteiro São Bento foi finalmente entregue.
A arquitetura do local se inspira no estilo eclético germânico, enquanto sua decoração interna teve planejamento e execução do monge holandês Adelbert Gresnicht, beneditino que veio ao Brasil especialmente para trabalhar na obra.
Visita papal
O mosteiro passou por mais um processo de restauração em 2006, para hospedar o papa Bento XVI durante sua visita ao Brasil, que aconteceria em maio do ano seguinte.
A cobertura internacional fez com que o local ganhasse destaque na mídia, o que aumentou consideravelmente o turismo religioso em São Paulo.
Onde: Largo São Bento, sem número – Centro Histórico de São Paulo