
Se você está assistindo ao remake de ‘Vale Tudo’, provavelmente viu uma cena do famoso Edifício Penthouse na abertura da novela. Símbolo de desigualdade social, a construção erguida em 1979 pela construtora Lindenberg é estrela de diversos escândalos, tendo ligação até mesmo com a investigação da Lava Jato.
Apesar das dívidas, originalmente o edifício localizado no número 3891 da Avenida Giovanni Gronchi foi projetado para ser o endereço dos milionários. Por isso, a ascensão e queda do Penthouse é objeto de debate há mais de 20 anos.
A história do Edifício Penthouse
Você com certeza já se deparou com uma imagem dele em alguma apostila de Geografia. Por dentro dos enormes apartamentos de quase 400 m², você encontra piscinas privativas nas varandas e vista panorâmica para o bairro do Morumbi, um dos melhores endereços de São Paulo. Apesar disso, atualmente, o local aparenta um certo abandono.
Nos anos 1980, ele era sinônimo de luxo e poder, enquanto Paraisópolis — a comunidade que contrasta com a construção — era apenas um pequeno conjunto de casas separado por uma vasta área verde, até que elas se desenvolveram de forma desordenada, tornando a região como conhecemos hoje e chegando até a dividir muro com o próprio Penthouse.
De um lado, piscinas de luxo; do outro, uma das maiores comunidades do Brasil
Se você tem interesse em adquirir uma unidade no Edifício Penthouse, saiba que os apartamentos vão a leilão por menos de um terço do valor de mercado. Ainda assim, os débitos, que giram em torno de 600 mil reais em IPTU, contribuem para o abandono do local.
Além disso, o valor do condomínio supera 5 mil reais. Já o aluguel de um apartamento de quatro quartos com hidromassagem custa cerca de R$1.500 por mês. Isso tudo, somado à inadimplência dos moradores, má gestão condominial e preconceito com a região faz do Penthouse o que conhecemos hoje.