Governador João Doria não descarta a possibilidade de endurecer as restrições para conter o coronavírus, caso os números de casos não diminuam.
As projeções utilizadas pelo governo de São Paulo indicam que a adoção de lockdown obrigatório será inevitável se a taxa de isolamento social não subir nos próximos dias. Na semana passada, já foi prorrogada a quarentena em todo o estado, numa tentativa das autoridades de controlar a propagação do vírus.
Em coletiva com a imprensa, Doria reafirmou o compromisso de salvar vidas, mesmo que isso implique adotar medidas ainda mais rígidas para a população.
Se não tivermos resposta correta do isolamento social, da capacidade de atendimento hospitalar com os respiradores e da evolução de infectados… Se houver a necessidade de endurecimento, adotaremos. Nosso compromisso é salvar vidas. Se tivermos que endurecer, assim o faremos
Segundo os dados oficiais, até o dia 12 de maio já há mais de 47 mil casos confirmados em todo o Estado.
O que muda com o lockdown?
Para que o governo adote as medidas de lockdown, é preciso haver uma saturação do sistema hospitalar. Em algumas cidades, como o Rio de Janeiro, as redes pública e privada de saúde já entraram no que os especialistas consideram um colapso, quando não há mais leitos para todos os doentes.
As medidas restringem e limitam direitos individuais, por exemplo:
- Dias e horários de circulação pré-determinados;
- Filas e horários de funcionamento pré-estabelecidos, mesmo para serviços essenciais;
- Estabelecimentos não-essenciais fechados;
Além disso, os estados têm o poder de multar e prender quem desobedeça as medidas.
O governador destacou que o governo entende não ser o momento para adoção da medida em São Paulo, por enquanto. Caso a medida de estender a quarentena até o fim de maio seja suficiente, não teremos de nos preocupar com um fechamento compulsório da cidade.
Foto de capa: @restaurante98