Neste mês da Mulher, descubra as mulheres que deixaram seus nomes na cidade.
São Paulo é uma cidade feita por mulheres que deixaram suas marcas pela cidade. Neste mês, quando comemoramos o Dia Internacional da Mulher, queremos contar as suas histórias.
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Por isso, escolhemos algumas das ruas, praças e avenidas mais conhecidas de São Paulo e que recebem nomes de personagens icônicas, sejam por sua trajetória política ou pela importância que tiveram em suas épocas. Conheça algumas delas.
Rua Maria Paula, na Bela Vista
Esta foi a primeira rua a ser oficializada com nome de mulher, segundo a base do Dicionário de Ruas. A rua foi aberta pela Baronesa de Limeira (dona Francisca de Paula Souza e Mello) em terrenos de sua propriedade e foi entregue ao trânsito público no dia 14 de maio de 1894. O nome escolhido foi uma homenagem à dona Maria Paula Machado, avó da baronesa.
Rua Anália Franco, na Água Rasa
Anália Franco foi uma educadora e escritora nascida na cidade de Resende, no interior de São Paulo. Mudou-se com a família para a capital e formou-se como professora, aos quinze anos, em 1868. De acordo com o Dicionário de Ruas, fundou abrigos para órfãos, asilos, colônias regeneradoras, creches e escolas maternais em que aplicou seus próprios métodos de educação e ensino. Contemporaneamente colaborou, de forma bastante ativa, em revistas feministas e criou também a sua própria revista: o Álbum das Meninas. Em 1919, Anália Franco morreu de gripe espanhola.
Anália Franco (sentada ao centro da primeira fileira)
Rua Maria Antônia, em Higienópolis
Esta rua foi aberta na chácara de dona Maria Antônia da Silva Ramos entre os anos de 1880 e 1883, sendo uma das primeiras que se constituíram no bairro que, posteriormente, recebeu o nome de Higienópolis. Em 1874, ela resolveu vender uma área da sua chácara ao reverendo Chamberlain, esta futuramente se tornou parte do campus do Mackenzie.
Rua Dona Veridiana, em Higienópolis
Veridiana Valéria da Silva Prado nasceu em São Paulo no dia 11 de fevereiro de 1825, no casarão de sua família, então localizado na Rua Direita, esquina com a Rua São Bento, na atual Praça do Patricarca. Era filha de Antonio da Silva Prado, o Barão de Iguape, detentor de uma das maiores fortunas da época. Em 1882, depois de uma viagem à Paris, começa a construção de um palacete na chácara que comprara em 1879 no então bairro de Santa Cecília. Devido à simbologia do palacete de Veridiana na cidade, no dia 20 de março de 1888 os vereadores mudaram o nome da antiga Rua Santa Cecília para “Rua Dona Veridiana Prado”, posteriormente nome reduzido para “Rua Dona Veridiana”.
Avenida Angélica, em Santa Cecília
Dona Maria Angélica Souza Queiroz nasceu em Rio Claro, no seio de uma abastada família paulista. Angélica era filha de barões e neta do Brigadeiro Luís Antonio, um rico empresário que possuía uma das maiores fortunas da época. Aos 20 anos, casou-se com o primo Dr. Francisco de Aguiar Barros (Alameda Barros). Depois da morte do marido, dona Maria Angélica decide abrir as primeiras ruas na sua propriedade. Estas formaram inicialmente o bairro de Santa Cecília. Como conta o Dicionário de Ruas, a atual Avenida Angélica, a primeira a ser aberta, ficou conhecida, em 1895, como “Avenida Viúva Barros”.
Avenida Hebe Camargo, no Morumbi
Hebe Maria Monteiro de Camargo Ravagnani, nascida em Taubaté, foi uma famosa apresentadora de rádio e TV. Sua família mudou-se para a capital, São Paulo, em 1943, quando Hebe tinha 14 anos de idade. Ela iniciou como cantora na rádio Tupi aos 15 anos de idade se apresentando no programa Clube Papai Noel. Apresentou diversos programas no SBT e Record.
Praça Pérola Byington, na Bela Vista
Pérola Ellis Byington nasceu em Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo, em 3 de dezembro de 1879. Foi uma filantropa e ativista social brasileira filha de imigrantes estadunidenses. Em 1932, Pérola teve participação ativa e destacada na Revolução Constitucionalista, à frente da sua Cruzada Pró-infância atuou como voluntária no lado paulista do conflito.
Rua Anita Garibaldi, na Sé
Este logradouro já teve as seguintes denominações: “Rua Detrás da Cadeia” (Século XVIII) e “Rua do Trem” (a partir de 1865). Em 1907, recebeu oficialmente o nome de Anita Garibaldi em homenagem à heroína Ana Maria de Jesus Ribeiro da Silva, nascida em Morrinhos (SC) no ano de 1821 e falecida na Itália em 1849. Participou, ao lado de Giuseppe Garibaldi, da Guerra dos Farrapos (RS).
Rua Anita Malfatti, na Casa Verde
Anita Malfatti foi uma artista plástica, nascida dia 2 de dezembro de 1889, em São Paulo. Em 1917, promoveu uma exposição de suas obras pictóricas, que é hoje considerada como a primeira exposição Moderna no Brasil, sendo portanto pioneira do movimento modernista em São Paulo, que se concretizaria na Semana de Arte Moderna em 1922.
A rua na Lapa grafitada por 100 artistas mulheres
Foto de capa: Olexy @Ohurtsov