Arte e tecnologia se encontram na nova exposição da Japan House, ‘O que não se vê – Rhizomatiks’, que estreou nesta terça, dia 12. Em cartaz até 2 de outubro, a mostra gratuita a apresenta o trabalho de um dos principais grupos criativos do Japão, o Rhizomatiks.
Durante a visita, o público pode vivenciar diferentes experiências ao adentrar o edifício: interação, imersão e contemplação.
O que esperar
A exposição reúne uma seleção de criações do Rhizomatics. Entre elas, vídeos, dispositivos originais (como drones e outros objetos) e documentações. Assim, é possível entender um pouco dos bastidores do processo de tentativa e erro que levam à produção única do coletivo japonês.
Além disso, é possível conferir três instalações inéditas:
- Sensing Streams 2022 – invisible, inaudible;
- Optical Walls;
- Gold Rush – Visualization + Sonification of OpenSea activity
A primeira é de Daito Manabe, um dos fundadores do Rhizomatiks, em colaboração com o compositor de trilhas sonoras vencedoras do Oscar Ryuichi Sakamoto.
A obra detecta ondas eletromagnéticas por meio de uma antena e torna visíveis e audíveis as diferentes frequências dessas ondas em tempo real. Isso, através de uma grande tela de LED com alta definição e alto-falantes.
A partir daí, o público pode interagir com a obra, mudando a frequência e o comprimento de onda com um controlador manual.
Logo depois, a segunda instalação foi é do engenheiro de hardware do Rhizomatiks, Yoichi Sakamoto, em colaboração com a empresa química Mitsui Chemicals.
Nesta obra, um jogo de luzes de LED atravessa as lentes dispostas em uma sala escura enevoada criando um espaço segmentado pela luz.
A luz difusa de LED neste ambiente cria paredes de luz que pairam no ar ou remete a imagem de portas se abrindo no escuro.
Por último, ‘Gold Rush’ foca-se no universo digital, em especial no movimento dos NFTs e da CryptoArt. Por isso, neste ponto, prepare-se uma reflexão sobre os desafios da “corrida pelo ouro” moderna.
A obra é um registro das 24 horas anteriores e posteriores ao dia 11 de março de 2021. Nesta data, a obra ‘Everydays: The First 5000 Days’, do artista norte-americano Beeple, foi vendida por US$69.346.250,00. Tornando-se, assim, um marco para a história das NFTs e da arte.
Sobre o Rhizomatiks
Fundado em 2006, o coletivo Rhizomatiks é mundialmente famoso por explorar novas formas de expressão e de tecnologia.
Seus trabalhos inovadores baseiam-se em pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Por isso, também são feitos projetos colaborativos com outros artistas e pesquisadores.
É quase impossível não lembrar da performance tecnológica do coletivo na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Rio de Janeiro.
Mas se você não se recorda, é possível rever a apresentação: