De 28 de maio a 18 de setembro, o Museu Judaico de São Paulo apresenta ‘Botannica Tirannica’. Na mostra, a artista e pesquisadora Giselle Beiguelman investiga o preconceito embutidos em nomes populares e científicos dados a plantas.
Judeu errante, Orelha-de-judeu, Maria-sem-vergonha, Bunda-de-mulata, Peito-de-moça, Malícia-de-mulher, Catinga-de-mulata, Ciganinha, Chá-de-bugre, entre muitos outros, integram a lista.
Um dos ícones da exposição é a a planta popular Judeu errante (Tradescantia zebrina). Título de uma narrativa medieval que foi um dos baluartes da propaganda nazista, a planta tem o mesmo nome em várias línguas, como alemão, francês e inglês, sendo uma das muitas expressões depreciativas usadas contra os judeus.
A exposição ‘Botannica Tirannica’ reúne imagens e vídeos em uma provocação sobre a nomeação da natureza, cujas espécies recebem nomes ofensivos, preconceituosos e misóginos.
Além disso, na série Flora mutandis, Giselle Beiguelman cria com a Inteligência Artificial seres híbridos, plantas reais e inventadas, em um jardim pós-natural.
A entrada na exposição custa a partir de R$ 10 (meia-entrada). E o horário de visitação do Museu Judaico é de terça a domingo, das 10h às 18h.