São Paulo acaba de ganhar um novo espaço cultural, o Museu das Favelas. O local escolhido para sede foi o Palácio dos Campos Elíseos, edifício tombado no centro da cidade.
Segundo a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o espaço dedica-se “a preservar a história e a cultura das favelas e periferias de SP, além de dar visibilidade à sua produção artística e criativa“.
O Museu das Favelas funciona de de terça a domingo, das 9h às 18h, e tem entrada gratuita.
Exposição ‘Favela-Raiz’
Para inaugurar o museu, a mostra ‘Favela-Raiz’ é uma ocupação-manifesto que representa o primeiro movimento de transformação do Palácio dos Campos Elíseos.
A exposição divide-se em cinco partes, sendo três internas e duas externas.
No hall de entrada, estão esculturas em crochê da artista Lidia Lisbôa. As pelas foram feitas em colaboração com mulheres membros do Coletivo Tem Sentimento e da Cooperativa Sin Fronteras.
A sala expositiva lateral apresenta uma instalação audiovisual sensorial, com imagens de 20 fotógrafos e produtores de conteúdos de diferentes periferias do Brasil.
No final do percurso interno, há uma instalação sonora no salão de espelhos do palácio. A ideia é exaltar os diferentes modos de se pensar a beleza.
Já do lado de fora do museu, artes em serigrafia do Coletivo XiloCeasa sintetizam a história do Palácio dos Campos Elíseos.
Nos jardins, Paulo Nazareth homenageia Maria Beatriz Nascimento. Uma escultura de alumínio, de 6 metros de altura, retrata essa que é uma mulher negra, historiadora, poeta, intelectual e ativista.
Espaço de construção coletiva
Como explica-se no site oficial do Museu das Favelas, o objetivo é que o centro cultural seja construído por todos.
Por isso, as estão sendo preparadas uma série de ações em busca de aproximação, diálogo e reflexão.
Assim, o espaço “nasce ecoando vozes, lutas e memórias das favelas, constituídas através do canto, da fala, da pesquisa, da festa e do jogo, e de tantos que vieram antes de nós”.
Onde: Rua Guaianases, 1024 – Campos Elíseos