Almas perdidas que ajudam devotos, barulhos estranhos em arranha-céu ou conversas de fantasmas? Qual seu caso favorito?
Gigantesca e com quase 500 anos de idade, São Paulo é naturalmente cheia de histórias, sejam elas bizarras ou não. Ou seja, é quase impossível revisitar a biografia da cidade sem topar com alguns casos mal resolvidos, situações inusitadas e, claro, bons casos sobrenaturais.
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Listamos três de nossas histórias de fantasmas favoritas:
As 13 Almas do Edifício Joelma
Um dos mistérios mais conhecidos da cidade é, sem dúvida, o das 13 almas do Edifício Joelma (atual Edifício Praça da Bandeira). Ele se refere a 13 das 187 vítimas do incêndio que devastou o prédio em 1974. De acordo com os bombeiros que trabalhavam no local, os corpos pertencem a um grupo de pessoas que tentaram escapar das chamas por um elevador, sem sucesso.
A polícia nunca conseguiu dar nomes às vítimas por conta do grau elevado de carbonização dos cadáveres. Por isso, foram sepultados juntos, em uma ala especial do Cemitério São Pedro, na Vila Alpina. Por lá, recebem visitas constantes de curiosos e devotos, que entregam pedidos de milagres às 13 almas. Como agradecimento, muitos jogam água em cima dos túmulos, como forma de diminuir o sofrimento das vítimas queimadas.
A história já foi tema de filmes, documentários e livros, além de um episódio especial do extinto programa global “Linha Direta”.
Onde: Avenida Francisco Falconi, 837 – Vila Alpina (Cemitério São Pedro)
Barulhos estranhos no Edifício Martinelli
A inauguração do edifício Martinelli se deu em 1929, quando possuía apenas 12 andares. Em 1934, já com os 30 pisos finais, a elite paulistana da época lotava o bar do hotel São Bento e as sessões do cine Rosário.
Os ares de riqueza, no entanto, duraram pouco: depois da venda para um instituto italiano, o imponente prédio passou a domínio público. Em pouco tempo, virou um dos maiores cortiços da cidade, reunindo casos de assassinatos bizarros e estampando as páginas policiais do “Notícias Populares”.
E é aí que começam os mistérios. Muitas pessoas dizem que o prédio, hoje ocupado por órgãos do governo, é mal-assombrado. Dizem que é possível ouvir pessoas trabalhando por lá mesmo quando não há mais ninguém no edifício. Que medo!
Onde: Rua São Bento, 405 – Centro Histórico de São Paulo
Faculdade de Direito do Largo São Francisco
Inaugurada em 1827, a histórica instituição carrega fama de mal-assombrada. A principal história contada é a de que o prédio, a princípio um mosteiro, esteja em cima de restos mortais dos freis que antes habitavam o local.
Além disso, no meio da instituição, há um obelisco que marca o local onde o professor alemão Julius Frank está sepultado. Por ser originário de família protestante, o catedrático não poderia ser enterrado em nenhuma igreja, então seu corpo permaneceu eternamente na área da faculdade.
Tais histórias dão força às lendas que cercam o local: funcionários juram de pés juntos que é possível ouvir estudantes, já falecidos, conversar sobre política pelos corredores da instituição.
Onde: Largo São Francisco, 95 – Sé