
Conheça quadrinhos que retratam nossa cidade de diferentes formas.
Quando pensamos em Histórias em Quadrinhos, logo imaginamos super-heróis a salvar o dia nos EUA, não é? Apesar de parecer um universo distante, é cada vez mais comum encontrar textos adaptados para esse formato com histórias que não contam com um herói. Por que não trazer esse tipo de experiência para perto, mais especificamente para São Paulo?
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Selecionamos quatro HQs que usam a capital paulista para contar suas histórias; confira!
Avenida Paulista, de Luiz Gê
Em 1991, uma fabricante de pneus encomendou esta reportagem em quadrinhos para comemorar o centenário da avenida-ícone de São Paulo. A sua tiragem reduzida apenas para funcionários, fez com que a HQ atingisse status de “lenda urbana” entre colecionadores. Mas isso terminou quando, em 2012, a obra foi relançada, pela Companhia das Letras. Assim, o grande público pôde conhecer a narrativa cyberpunk com a qual Luiz Gê retrata a famosa via.
Encruzilhada, de Marcelo D’Salete
Na obra, Marcelo D’Salete apresenta cinco histórias que apresentam os aspectos menos glamourosos de São Paulo. Durante as 160 páginas da HQ, personagens como uma garota de programa, um ladrão de carros e um vendedor de DVDs piratas passam por problemas financeiros, desigualdade, discriminação, racismo e violência, por exemplo.
Parque das Luzes, de Cecília Marins, Maria De Vicentis e Tainá Freitas
Parque das Luzes é uma reportagem em forma de quadrinhos. Nela, as autoras abordam a história e o dia a dia de cinco garotas de programa que frequentam o Parque da Luz, na região central. Além disso, elas buscam se diferenciar da forma como a mídia costuma retratar esse tipo de situação, colocando as personagens como protagonistas com sonhos e medos, como qualquer outra pessoa.
São Paulo dos Mortos, de Daniel Esteves
A série de quadrinhos foi inspirada pelo violento processo de reintegração de posse da comunidade do Pinheirinho, em 2012. Aqui, acompanhamos a capital paulista pela ótica de sobreviventes de uma infestação de zumbis. Apesar de à primeira vista parecer um terror com zumbis ambientado na cidade, o autor se utiliza dos mortos-vivos para representar os problemas sociais do país.
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Foto de capa: Reprodução/Parque das Luzes