Nesta terça, dia 24, a Japan House inaugurou a exposição ‘Kumihimo – a arte do trançado japonês com seda, por Domyo’. A mostra apresenta o trabalho da empresa familiar Domyo, que há mais dez gerações produz artesanalmente os cordões de seda.
Na exposição, o visitante pode conhecer a evolução histórica do kumihimo no Japão. Além disso, é convidado a entender sobre a construção dos trançados e explorar possibilidades futuras para seu uso. Tudo isso a partir de três grandes instalações, mais de 30 reproduções de peças de kumihimo históricos, ferramentas utilizadas pelos artesãos e vídeos.
Afinal, o que é kumihimo?
Em japonês, kumihimo significa “cordas trançadas”. O termo é utilizado para se referir a amarrações de três ou mais feixes de fios de seda. Depois, formam-se cordões a partir da sobreposição diagonal desses fios de maneira regular e uniforme.
Os resultados podem ser trançados simples, feitos com três feixes (conhecidos como “trança francesa”). Mas também mais complexos, chegando a conter mais de 140 feixes de fios.
No Japão, a técnica kumihimo foi utilizada ao longo dos séculos para diversas funções. Desde acessórios para vestimentas a ornamentos para armas e armaduras, apresentando uma evolução única.
Um dos tipos mais conhecidos pelos japoneses é o utilizado no obijime – o cordão que se amarra por cima da faixa de um quimono tradicional.
O kumihimo se destaca tanto pela resistência quanto pela elasticidade, determinadas pelos métodos de trançado e amarração, além da variação nos ângulos de orientação das fibras. Por isso, é possível encontrar estruturas de tubos de carbono semelhantes ao kumihimo em uma série de aplicações industriais, desde tacos de golfe e aeronaves até próteses ortopédicas.
Sobre a mostra
Dividida em três momentos – História, Estrutura e Futuro -, a exposição ocupa todo o segundo andar da Japan House.
Na parte histórica, o foco são as origens e evoluções da técnica por meio dos séculos.
Na seção Estrutura, a ideia é conhecer os suportes, as ferramentas usadas nos processos de tingimento, a preparação dos fios e produção dos cordões.
Por último, os visitantes podem conferir as mais recentes estruturas de trançado desenvolvidas pela Domyo. Além disso, estão lá peças criadas em colaboração com especialistas de áreas como indústria têxtil e ciência matemática. Assim, apresentam possibilidades de aplicações futuras para a técnica.
A mostra fica em cartaz até 28 de agosto e pode ser visitada gratuitamente de terça a sexta, das 10h às 18h; sábados, das 9h às 19h; domingos e feriados, das 9h às 18h.