
Importante via do centro de São Paulo já serviu para desembarque de barcos que chegavam pelo Rio Tamanduateí.
O caminho é fácil: você desembarca na estação São Bento, sai pelas catracas à esquerda e “segue reto toda vida”. Pronto, você está na Ladeira Porto Geral, endereço peculiar do centro da cidade. Íngreme, é fácil de descer e difícil de subir, e serve como aperitivo da Rua 25 de Março, logo abaixo. Mas qual a história da ladeira, muitas vezes ofuscada por sua vizinha mais famosa?
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O primeiro registro que há data de 1780, quando era chamada de “caminho que vai para o Tamanduateí”. Isso porque o endereço era a principal via para chegar até o rio, que corria ao lado da Rua 25 de Março. Ao mesmo tempo, ainda conheciam a via por apelidos como “Beco do Barbas” e “Beco da Quartim”, em homenagem a personalidades da época.
Mais tarde, foi batizada “Porto Geral de São Bento” por abrigar o porto mais importante da região, com espaço para receber várias canoas lotadas de mercadorias. Dessa forma, se tornou um grande, barulhento e imparável centro de atividade comercial.

Porém, as atividades encerraram-se em 1848, quando o Rio Tamanduateí começou a ser retificado e reduzido. Isso fez com que, em 1896, o porto desaparecesse por completo, junto às partes do rio que cercavam a região.
Mesmo assim, permanece até hoje o espírito comercial da ladeira. Antes, com embarcações chegando dia e noite. Hoje, com lojas e ambulantes a ofertar produtos incansavelmente. E você? Já fez compras na ladeira?
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Foto de capa: Paulo Pinto/Fotos Públicas