Um marco inovador no mundo da arte urbana acaba de ser alcançado no famoso Beco do Batman, em São Paulo. Isso porque, no último sábado, dia 19, o projeto artístico-cultural ‘Graffiti #PraCegoVer’ inaugurou o primeiro grafite em braile do mundo.
O projeto busca transformar a maneira como os deficientes visuais podem vivenciar a arte de rua. Por isso, a obra proporciona uma experiência inclusiva para pessoas com deficiência visual.
Unindo arte e inclusão: grafite #PraCegoVer
Ao perceber a discrepância na apreciação artística entre pessoas com deficiência visual e aquelas que enxergam, o projeto ‘Graffiti #PraCegoVer’ inaugurou um novo capítulo na história do Beco do Batman.
Esta iniciativa pioneira é, mais que um projeto de arte, uma forma de democratizar o acesso à arte urbana e proporcionar uma experiência completa para deficientes visuais.
Além disso, a inovação não para apenas na criação do mural. Trata-se de uma jornada colaborativa que envolveu entidades sociais, produtores culturais, acadêmicos, engenheiros e artistas. Reconhecidos nomes como Roy Nachum e The Blind contribuíram em debates relacionados à inclusão do braile em obras de arte. Já quem fez o grafite no Beco do Batman foi o artista Subtu.
Utilizando o braile tátil, o mural ganha vida com detalhes e descrições que conectam os visitantes a cada traço e cor das pinturas. Cada obra é cuidadosamente elaborada para oferecer uma experiência tátil completa, acompanhada por descrições em braile que revelam as formas, cores e dimensões das imagens.
Segundo Roberto Parisi, curador do ‘Graffiti #PraCegoVer’:
A democratização e inserção da arte para além do sentido visual é transformadora do espaço público, manifestando a presença e discursos de diversos agentes históricos. “
O projeto Graffiti #PraCegoVer transcende os limites da arte urbana tradicional ao proporcionar uma experiência verdadeiramente inclusiva e emocionante para pessoas com deficiência visual.
Este marco no Beco do Batman não apenas quebra barreiras, mas também cria uma ponte entre a arte e a inclusão. Ao unir o poder da criatividade com o desejo de igualdade, este projeto inspira não apenas São Paulo, mas o mundo todo, a enxergar a arte de uma nova forma.