No último dia 13 de maio, o Museu Afro Brasil inaugurou a exposição ‘Bará’, do artista mineiro Gustavo Nazareno. Esta é a sua primeira individual em uma grande instituição paulistana. Além disso, ‘Bará’ integra o primeiro conjunto de exposições temporárias após o falecimento do fundador e diretor curador da instituição, Emanoel Araujo.
Os ingressos custam a partir de R$ 7,50 (meia entrada) e dão direto à visitação completa do museu, incluindo outras exposições. As visitas acontecem de terça a domingo, das 10h às 17h.
Bará
A exposição apresenta cerca de 230 trabalhos de Gustavo Nazareno, entre pinturas a óleo sobre linho e desenhos em carvão.
O conjunto reflete a pesquisa à qual o artista tem se dedicado nos últimos anos. Afinal, em 2019, Nazareno concebeu a série de desenhos em carvão denominada Bará, como uma cerimônia em forma de oferenda para uma qualidade de Exu – Elegbara.
Como explica o curador da mostra, Deri Andrade, partindo de inspirações em contos de fada, fabulação e sua fé em Exu, o artista propõe
uma fábula que percorre o dia em que esta cerimônia aconteceu, uma segunda-feira, dentro de um mundo criado para o Orixá.”
Além disso, Gustavo Nazareno convida o visitante a percorrer esse mundo criado por ele. Assim, passando pelas fases do dia e, também, por características do espaço que aparecem em suas pinturas e desenhos em carvão.
Sobre Gustavo Nazareno
O mineiro de apenas 28 anos vive e trabalha em São Paulo. Além de exposições no Brasil, Nazareno já teve suas obras expostas no Reino Unido, Itália, Tunísia, Gana, EUA e Islândia.
Autodidata, o artista vem desenvolvendo uma pesquisa pictórica e imagética que percorre os ritos ancestrais africanos e a mitologia dos orixás.
Em sua produção, o panteão iorubá é reverenciado como uma força de conhecimentos ancestrais e de mistérios.
As figuras, ou as paisagens, como vem explorando em sua recente produção, são contemplativas e repletas de histórias pessoais, por meio de fábulas que cria para guiar os traços vistos nas obras.