
Você sabia que o projeto da estação é de um inglês e que a sua estrutura foi trazida da Inglaterra? Conheça a sua história.
A estação da Luz é uma das estações ferroviárias mais importantes do país e de São Paulo. O prédio como conhecemos hoje foi aberto ao público em 1º de março de 1901 e teve suas estruturas trazidas da Inglaterra, que copiam o Big Ben e a abadia de Westminter. Esse símbolo da cidade foi projetado pelo inglês Charles Henry Driver, com o objetivo de sediar a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí.
Nessa época, a estação foi fundamental para a economia cafeeira, que impulsionou a transformação de São Paulo em metrópole. Hoje, é uma das principais estações do sistema de transporte metropolitano e abriga o Museu da Língua Portuguesa.

O princípio da história
Antes de possuir a forma que conhecemos, a estação da Luz passou por três versão. A primeira, inaugurada em 1865, era singela, erguida junto com a ferrovia. Além disso, ela não ficava no local onde está hoje, porém, ainda na região. Algumas décadas mais tarde, o prédio foi derrubado e outro maior foi contruído (em outro endereço).
Aos poucos, a estação foi se tornando obsoleta diante do crescente número de cargas e de passageiros, que tinham como destino a cidade de São Paulo. Com o crescimento da cidade, a São Paulo Railway Station, empresa responsável pela ferrovia, optou pela ampliação da construção. Além disso, decidiram adotar um novo estilo para o local. O arquiteto inglês Charles Henry Driver já era conhecido pelos seus projetos no país britânico e, a partir de 1895, comandou as obras.
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Quando finalizada, a estação da Luz não teve uma inauguração oficial, isso porque o tráfego foi sendo deslocado aos poucos. Mas não demorou muito para que a construção em estilo neoclássico se tornasse um marco da cidade. Todas as personalidades ilustres que tinham a capital como destino eram obrigadas a desembarcar no local.
A estação também tornou-se porta de entrada também para imigrantes, promovendo a pequena vila de tropeiros a uma importante metrópole. Entretanto, a partir da Segunda Guerra Mundial, o transporte ferroviário foi sendo substituído por aviões, ônibus e carros, muito mais rápidos que os trens.
Em 1982, o complexo arquitetônico da Estação da Luz foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat). Hoje em dia, o edifício abriga ainda o Museu da Língua Portuguesa.
Foto de capa: Jose Cordeiro/SPTuris