O governo de São Paulo está analisando um projeto que prevê o uso do chatGPT no material escolar da rede pública de ensino. A proposta seria utilizar a ferramenta de inteligência artificial nos conteúdos digitais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e do ensino médio.
Saiba mais sobre projeto de uso de chatGPT em material escolar
Embora o projeto piloto esteja pronto, ele ainda está sob avaliação. Caso seja aprovado, ele passará a valer a partir do 3º bimestre de 2024 na rede pública de ensino, de acordo com a publicação do site UOL.
A proposta seria utilizar plataformas de inteligência artificial, como o chatGPT, para atualizar e aprimorar os conteúdos digitais das escolas. A tecnologia também vai incluir novas atividades com base em temas pré-definidos e em referências concedidas pela Secretaria de Educação.
Além disso, os professores curriculistas, que atualmente são os responsáveis pela elaboração deste conteúdo, teriam a função de revisar essas aulas geradas por IA e avaliar se elas estão de acordo com padrões pedagógicos.
Medida divide opiniões entre profissionais da educação
A divulgação do projeto dividiu opiniões entre os profissionais da educação. O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirmou que “a decisão é um escárnio”.
De acordo com o Sindicato, em nota divulgada pela instituição e publicada no portal G1,
A inteligência artificial deve ser uma ferramenta pedagógica, inserida em longo e refletido planejamento, para potencializar as estratégias de ensino e aprendizagem. Nunca, jamais, como forma de substituir professores como responsáveis pela formulação de conteúdo pedagógico […]
Em contrapartida, a Secretaria de Educação também se manifestou. Em nota, afirmou que “não procede a informação que os professores serão substituídos por ChatGPT ou por qualquer outra ferramenta de Inteligência Artificial (IA)”.
Além disso, também reforçou que “esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para que seja avaliada a possível implementação”.