Origem do bairro data de 1769, com a construção de uma pequena capela.
Muito além das vitrines de atacados, jeans a ótimos preços e vendedores disponíveis a “fazer tudo no precinho”, o bairro do Brás e suas ruas normalmente apinhadas de pessoas têm muita história para contar.
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De chácara a bairro
A origem do bairro está ligada ao português José Brás, proprietário de uma das várias chácaras que formavam a região. Em 1769, ele ergueu uma capela em honra a Bom Jesus de Matosinhos (na atual Avenida Rangel Pestana), ao redor da qual um povoado foi se formando.
A região passou a ser considerada um ponto de descanso para aqueles que faziam viagens entre as freguesias da Sé e de Nossa Senhora da Penha. O mesmo aconteceu com a capela, que se tornou uma parada para as procissões religiosas que passavam por ali.
Cada vez mais movimentado, o Brás passou a ser considerado uma freguesia, com a igreja construída por José Brás como sua matriz.
Urbanização
A economia cafeeira também influenciou o desenvolvimento do bairro a partir da segunda metade do século XIX. Assim, o Brás recebeu em 1867 sua própria estação ferroviária, o que incentivou pequenos comerciantes e industriais a se assentarem na região.
Além disso, os terrenos baratos também atraíram muitos operários e imigrantes, em especial italianos, que chegavam a São Paulo. Posteriormente, em 1887, o Brás inaugurou uma hospedaria para dar abrigo provisório aos estrangeiros, local que se tornou o Museu da Imigração.
Em 1903, uma nova igreja de Bom Jesus de Matosinhos foi construída, com a antiga capela que originou o bairro sendo demolida um ano depois.
Posteriormente, durante o século XX, a população da região passou a crescer desordenadamente, recebendo milhares de migrantes vindos do Nordeste em busca de melhores condições de vida.
Hoje em dia, o bairro tem sua economia girando em torno da indústria e do comércio de confecções, principalmente de jeans. Além disso, possui forte presença das comunidades coreana e boliviana.
Festa tradicional
Assim como os bairros Bixiga e Mooca, o Brás também criou uma comemoração tradicionalmente italiana. Trata-se da famosa festa de São Vito, comemorada por lá desde 1919.