A cerca de 30 km do centro de São Paulo, a Ilha do Bororé foge da imagem que se tem da cidade de São Paulo. Conhecido como ilha, o bairro é na verdade uma península cercada pela represa Billings. Isso porque tem ligação com o restante da cidade por uma faixa de terra. Já o nome ”Bororé” é uma substância usada por alguns grupos indígenas para envenenar pontas de flechas.
A Ilha do Bororé
Localizada no extremo sul, ao lado de Parelheiros e Grajaú, a “ilha” está dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA) que preserva uma parte da Mata Atlântica que ainda resta em São Paulo. Datado do final do Século XIX, o bairro existe antes mesmo da construção da Represa e conta atualmente com cerca de 80% de sua área útil coberta pela vegetação da Mata Atlântica. As demais áreas do entorno caracterizam-se por usos tipicamente rurais, tais como sítios e chácaras de lazer e propriedades agrícolas.
Para chegar até a Ilha do Bororé, pode-se optar por um dos três acessos (todos por balsas) oferecidos gratuitamente pela Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE). O primeiro é feito pela Balsa Bororé, que parte do Grajaú; o segundo, pela Balsa Taquacetuba, que faz a ligação com São Bernardo do Campo; e a Balsa João Basso, que transporta a maior quantidade de passageiros e chega ao Riacho Grande, também em São Bernardo do Campo.
O que visitar
Além de o passeio pela própria “ilha” já ser uma aventura, você pode visitar alguns dos pontos turísticos que existem por lá. O mais conhecido deles é a Casa Ecoativa.
Além do espaço, vale a visita à Capela de São Sebastião e, também, ao Sítio Paiquerê, que é referência em agricultura orgânica e biodinâmica, sendo um dos pioneiros na certificação de produtos orgânicos. Com agendamento, é possível ter contato com a horta e ainda reservar refeições com pães e derivados de leite de produção própria e com os orgânicos colhidos diretos do sítio.
A Casa Ecoativa
Logo às margens da Billings, está localizada a Casa Ecoativa, um centro ecocultural que promove atividades culturais e socioambientais por meio de práticas sustentáveis, como a permacultura. O projeto surgiu com a mobilização da comunidade e tornou-se um valioso gerador de cultura e lazer, reunindo diversos grupos da região, o que também possibilita vivenciar uma experiência comunitária.
Além das atividades, é possível desfrutar da residência culinária, com plantas alimentícias não convencionais e aproveitamento integral dos alimentos.