Localizada na região de Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo, a Cratera de Colônia é o resultado do impacto de um meteorito.
Há milhões de anos – por enquanto, a data estimada é bastante imprecisa, situando-se em um intervalo de 5 milhões a 36 milhões de anos no passado – um meteorito de cerca de 200 metros de diâmetro formou uma cratera em São Paulo.
O buraco de 3,6 km de diâmetro, 300 metros de profundidade e uma borda de 120 metros fica localizado na região de Parelheiros e, hoje, abriga em parte do espaço o bairro de Vargem Grande.
A formação foi declarada “Monumento Geológico” pelo Conselho Estadual de Monumentos Geológicos do Estado de São Paulo (CoMGeo-SP) em 2009. Porém, quando isso ocorreu, parte da área já se achava ocupada pelo bairro.
A Cratera de Colônia foi descoberta no início da década de 1960, por meio de fotos aéreas e, posteriormente, por imagens de satélite.
Desde 2017 estudos com apoio da Fapesp são realizados em busca de reconstruir a evolução da Mata Atlântica, sua expansão e regressão e a formação e extinção de espécies, a variabilidade climática e as sucessões de ciclos da insolação da Terra através da análise de sedimentos formados dentro da cratera desde o seu impacto.
No Brasil, existem apenas cinco destas estruturas, e cerca de 70 no mundo todo. Porém, a cratera de Colônia é a mais próxima de um ambiente urbano (está a 35 km do centro da cidade). Além de ser uma das duas únicas habitadas no planeta.
Foto de capa: @Agência Fapesp