Já ocorreu de você estar rolando as redes sociais, e dar de cara com uma foto ou reel de algum animal selvagem como pet? Essa situação, infelizmente, está cada vez mais comum. E se tornou tema da exposição ‘Alg*ritmo Selvagem (Reset)’, que discute como o engajamento de seguidores em conteúdos deste tipo impacta não apenas o bem-estar animal, como fomenta o tráfico de animais selvagens.
A intervenção fica em cartaz até 03 de abril no Conjunto Nacional em São Paulo (Avenida Paulista, 2073 – Consolação). Confira:
Sobre a exposição ‘Alg*ritmo Selvagem (Reset)’
Com realização do Instituto Ampara Animal, organização sem fins lucrativos que trabalha pela proteção dos animais, a mostra visa trazer visibilidade a uma problemática comum dos tempos atuais. Ao criar uma intervenção com registros de influencers com animais selvagens como pets, a instituição visa sensibilizar a comunidade neste tópico. Além de convocá-la a participar do movimento de conservação desses animais.
De acordo com a instituição, as redes sociais desempenham um papel crucial no tráfico de animais. Por exemplo, um vídeo “fofo” de um animal selvagem interagindo com humanos ou desempenhando comportamentos humanizados significa um cenário, segundo eles, de maus-tratos e, comumente, retirada do animal da natureza.
Essa romantização de ter animais selvagens como pets também pode gerar um desejo em outros usuários de fazer o mesmo. O que, consequentemente, impulsiona a compra de novos animais. Dados do Instituto Ampara Animal informam, por exemplo, que 18% das buscas por cobras e serpentes vêm diretamente de conteúdos do Instagram. Já nas buscas por macacos, o número é ainda maior: 38%.
Ademais, a mostra ‘Alg*ritmo Selvagem (Reset)’ é uma preparação para o Dia da Reinicialização dos Algoritmos (‘Reset Day’), em 14 de março. No Dia Nacional dos Animais, o Instituto convoca a comunidade a reiniciar o algoritmo de suas redes. Assim como tomar consciência das consequências de suas interações online, que pode influenciar a vida de centenas de animais.