Já imaginou ir para o trabalho de bondinho? Parece uma ideia distante, mas talvez torne-se realidade para os paulistanos. Afinal, a prefeitura da capital anunciou nesta semana que está avaliando um projeto preliminar para a construção de um teleférico em São Paulo, que facilitaria a locomoção em zonas íngremes.
A proposta, que vem da Secretaria de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e da São Paulo Urbanismo, está atualmente sob análise do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Caso aprovada, a obra poderá beneficiar milhares moradores da Zona Norte, sobretudo na Brasilândia.

Como é a proposta de teleférico em São Paulo?
O objetivo do teleférico urbano é melhorar a mobilidade urbana em Brasilândia, distrito aos pés da Serra da Cantareira com relevo acidentado, ruas estreitas e alta densidade populacional.
A previsão é que a linha tenha 4,6 quilômetros de extensão, com cabines de até 10 pessoas que poderão transportar mais de 3 mil passageiros por hora, nos dois sentidos. O custo estimado é de R$ 2,84 bilhões, que inclui a instalação do transporte, a desapropriação de casas e possíveis alterações em vias.
O trajeto propõe a integração da região do CEU Paz, no Jardim Paraná, com a Avenida Cantídio Sampaio e a futura estação Brasilândia, da Linha 6-Laranja do metrô. Se aprovado, poderá beneficiar 243 mil moradores da região.
Proposta similar surgiu nas eleições
Durante as eleições de 2022, o então candidato à prefeitura Pablo Marçal (PRTB) sugeriu a construção de um sistema de teleférico urbano em São Paulo, que faria a ligação entre rodovias e bolsões de carros com outras regiões da capital.
Na época, a proposta recebeu críticas de outros candidatos, inclusive do atual prefeito Ricardo Nunes, que afirmou que seria “inviável” e “mirabolante”.
Com o surgimento da nova proposta, Nunes negou incoerência e afirmou que o projeto avaliado atualmente não tem relação com o antigo de Marçal. Isso porque o candidato do PRTB sugeria a criação de um cinturão de teleféricos em São Paulo, enquanto a proposta para a Brasilândia tem relação com uma demanda do distrito, por conta de suas características geográficas.
