No fim deste ano, a cidade ganha um novo parque; e pode ser que além das áreas verdes haja um pedaço da nossa história “enterrado” lá.
Desde julho, o Parque Augusta se tornou um cenário quase cinematográfico – isso por que é raro vermos em plena metrópole o trabalho de arqueólogos. As escavações no espaço, iniciadas a pedido do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), buscam indícios de testemunhos de uma São Paulo dos séculos passados e até pré-colonial.
As obras no parque, que estão a acontecer desde outubro de 2019, foram paralisadas em janeiro por um pedido do Iphan. Na altura, levantou-se a hipótese de que na área existiam resquícios de antigos povos indígenas.
Com a quarentena, as obras foram paradas e a investigação arqueológica foi reiniciada há pouco mais de três semanas. De acordo com informações da prefeitura, entre os achados registrados estão fragmentos de louça dos séculos 19 e 20, caminhos centenários, estruturas hidráulicas de cerâmica e a base do muro, parcialmente em formato de arco.
Passado da região
Próximos ao parque existem registros de antiguidade. Se forem descobertos no parque objetos que permitam sua contextualização histórica, isso pode se transformar em um sítio arqueológico e, através de objetos e marcas, como construções antigas, artefatos, pinturas rupestres que possam ser encontradas, definir momentos históricos e o desenvolvimento de uma região.
A arqueologia tem muita importância para a história, pois descobre, cataloga e ajuda a entender e explicar uma série de objetos que servem de fontes históricas para o trabalho dos historiadores.
O Parque Augusta
No mês de dezembro, a cidade de São Paulo ganhará um novo espaço verde, o Parque Augusta. Ele fará parte da pasta dos 108 parques municipais da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente. Uma reivindicação dos moradores da região e entorno. O local promete trazer beleza, infraestrutura, lazer e muita história para a população do centro.
Foto de capa: Head Topics