Na véspera do Dia da Consciência Negra, o Museu da Imigração abre a exposição ‘África em São Paulo’, com retratos feitos pelo fotógrafo Bob Wolfenson e entrevistas realizadas pelo jornalista Naief Haddad.
A mostra fica em cartaz até 12 de março de 2023 e a entrada custa a partir de R$ 5 (meia entrada). A visitação acontece de terça a sábado, das 9h às 18h, e domingo, das 10h às 18h.
Sobre a exposição
‘África em São Paulo’ conta a história de africanos que vivem na capital paulista.
A mostra reúne 43 fotos que formam um painel variado e surpreendente desses migrantes, que inclui alguns refugiados.
São mulheres e homens de 21 países do continente africano, entre eles, África do Sul, Angola, Camarões, Chade, Egito, Guiné-Bissau, Moçambique, República Democrática do Congo, Senegal e Tanzânia.
O jornalista Naief Haddad conta que a ideia surgiu durante uma reportagem Folha de São Paulo em 2018,
Bob e eu ficamos fascinados pelo trabalho dos africanos, que vendiam de máscaras a turbantes. Mergulhamos nesse assunto e, desde então, conhecemos pessoas incríveis, que formam um mosaico da nova imigração na cidade”.
De culturas, religiões e classes sociais diferentes, essas pessoas reinventaram suas histórias ao chegar a São Paulo, adotaram outras profissões e formaram novas famílias.
Além das fotos em grandes formatos, em cores vibrantes ou preto e branco, a exposição traz os depoimentos de cada um destes africanos.
Entre as rostos presentes na mostra está o da inquieta camaronesa Mama Louise Edimo. Depois de estudar na França durante boa parte da vida, resolveu mudar-se para o Brasil na década de 1970. Hoje, ela é uma referência da cultura de Camarões em São Paulo.
Além dela, há também uma princesa. Filha do rei da tribo Papel, Madalena Nanque nasceu na Guiné-Bissau, em 1979, e chegou ao Brasil em 1998, cheia de sonhos, mas sem mordomia. Formou-se em teologia e pedagogia e sua vida paulistana é de muito trabalho.