Nesta terça, dia 25, o cinema do Instituto Moreira Salles estreia a mostra ‘Demarcação das Telas e Revolução das Imagens’. A retrospectiva apresenta a produção do cinema indígena no país durante as últimas décadas.
A programação acontece até o fim do mês e também inclui debate com os curadores da mostra, Graci Guarani, Takumã Kuikuro e Christian Fischgold. O bate-papo acontece no cineteatro do IMS Paulista, no dia 25 de abril, às 19h30, após a sessão de “Cinema indígena e meio ambiente”.
Os ingressos custam a partir de R$ 5 (meia entrada) e estão disponíveis através do site oficial. Quem preferir também pode comprar na bilheteria do centro cultural, para sessões do mesmo dia.
Sobre o Festival de Cinema Indígena
Ao todo, foram selecionados 30 filmes dirigidos ou codirigidos por cineastas indígenas de todas as regiões do Brasil.
De acordo com o IMS, o objetivo do evento é reforçar a importância política, social, econômica e estética do cinema para os povos indígenas. Além disso, apresenta ao público uma extensa variedade de linguagens, divididas em seis eixos temáticos:
- Imagens-espírito;
- Resistência política;
- Meio ambiente;
- Animações;
- Linguagens artísticas e
- Clássicos.
Como os curadores da mostra afirmam:
Atualmente, cerca de 90% das comunidades indígenas brasileiras possuem seu próprio cineasta. Esses artistas transformaram suas comunidades em poderosos centros de produção de imagens, e ocuparam uma posição importante no intercâmbio da produção simbólica, fortalecendo significativamente uma cadeia produtiva com diversas possibilidades de formação e atuação.”
Entre os títulos apresentados estão títulos que trazem uma perspectiva da importância do audiovisual como ferramenta para a luta política, a proteção do território, a reivindicação de direitos e a relação das comunidades indígenas com o meio ambiente. Por exemplo:
- Zawxiperkwer Ka’a — Guardiões da floresta (2019), de Jocy Guajajara e Milson Guajajara;
- ATL — Acampamento Terra Livre (2017), de Edgar Kanaykõ Xakriabá;
- Kaapora — O chamado das matas (2020), de Olinda Muniz Wanderley e
- Yarang Mamin (2019), de Kamatxi Ikpeng.
Quem participar, também poderá assistir aos clássicos do cinema indígena brasileiro realizados nas décadas de 1990 e 2000, além de produções contemporâneas e mais recentes. Então, se você ficou a fim de acompanhar a mostra, a programação completa está no site oficial.