Dia 19 de abril, lembra-se o Dia dos Povos Indígenas. Para celebrar a data, a Caixa Cultural traz a mostra ‘Dois Indígenas da Amazônia – Vida e Arte’, que exalta o trabalho dos artistas visuais amazonenses Duhigó e Dhiani Pa’saro e mostra ao público paulistano a riqueza cultural dos povos Tukano e Wanano (AM).
A exposição segue em cartaz até 1º de junho, na sede da Caixa Cultural (Praça da Sé, 111 – Centro Histórico). A entrada é gratuita. Não perca!
Aprecie a arte e cultura nortista na mostra ‘Dois Indígenas da Amazônia – Vida e Arte’
Em 2023, o Governo Federal por meio do Ministério dos Povos Indígenas fez uma campanha para mudar o então “Dia do Índio”, celebrado em 19 de abril, para “Dia dos Povos Indígenas”. A mudança trouxe maior luz à luta dos povos originários, que resistem diariamente para preservar e proteger sua cultura, honrando sua ancestralidade.
A nova exposição da Caixa Cultural caminha junto a esta mudança, trazendo à capital paulista dois expoentes artistas visuais indígenas amazonenses.
Conheça o trabalho de Duhigó e Dhiani Pa’saro
Duhigó é originária do povo Yepá Mahsã, já Dhiani Pa’saro representa os Wanano. Ambos os povos que vivem às margens do Rio Uaupés e se comunicam pela família linguística tukano oriental, que engloba no mínimo 16 idiomas dentre os 274 registrados no Brasil.
Os artistas se conheceram no Instituto Dirson Costa de Arte e Cultura da Amazônia, cujo objetivo é permitir novas oportunidades à população indígena de Manaus. Além da ancestralidade, os dois se reconheceram nas artes visuais, com qual Duhigó e Dhiani celebram e representam suas culturas.
Duhigó trabalha com pinturas e gravuras, representando o cotidiano de seu povo. Sua obra também traz máscaras ritualísticas e cocares, tanto de seus ancestrais quanto de outros povos amigos dos Tukano.
Já Dhiani, que se destaca na pintura e nas marchetarias, retrata o universo que construiu o povo Wanano. Ele é hoje em dia o marcheteiro mais importante da região amazônica, e um dos mais de todo o Brasil.
Em suas obras, ele faz surgir na madeira belíssimas texturas e animais, como peixes, borboletas e bichos-preguiça.
Para Duhigó e Dhiani Pa’saro, assim como para outros artistas indígenas, a arte é uma forma de existir e resistir. É por meio dela que eles representam cuidadosamente suas origens, tornando-se não apenas artistas, mas guardiões de sua cultura ancestral.