Mais do que que uma mera travessia, o Viaduto do Chá é um símbolo de modernidade para São Paulo. Essa é a defesa feita pela exposição ‘Chá, um viaduto. Algumas histórias.’, em cartaz na Chácara Lane, unidade do Museu da Cidade de São Paulo.
A mostra celebra 130 anos deste marco do urbanismo da capital paulista e pode ser vista até 28 de junho. A entrada é gratuita e as visitas acontecem de terça a domingo, das 9h às 17h.
A exposição
‘Chá, um viaduto. Algumas histórias.’ conta com mais de 45 peças, como croquis, fotografias, cartões-postais, coleta de depoimentos, vídeo, obras de arte e registros de instalações.
Entre as obras estão a reprodução de uma perspectiva de Flávio de Carvalho para o concurso de 1934, assim como as de Elisário Bahiana e Rino Levi. Além disso, estão registros do viaduto feitos por grandes nomes da fotografia brasileira, como Marc Ferrez, Benedito Junqueira Duarte, Marcel Gautherot, Alice Brill e Juca Martins.
A mostra ocupa sete salas, distribuídas em dois andares da Chácara Lane. No primeiro andar, o público se depara com fotografias realizadas ao longo da existência do viaduto, reproduções do projeto de Jules Martin, projetos que participaram do concurso para elaboração da nova versão do Chá. E, também, uma maquete tátil do viaduto.
No segundo andar, os visitantes conferem obras nas quais o Viaduto do Chá serve de pano de fundo. Em outra galeria são apresentadas fotografias que mostram cenas cotidianas no local: pedestres em passagem, multidões reunidas, trânsito movimentado, etc.
O Viaduto do Chá
O Viaduto do Chá é um dos grandes marcos da arquitetura paulista. A primeira estrutura, feita em treliça metálica, foi idealizada pelo litógrafo francês Jules Martin e oficialmente inaugurada em 6 de novembro de 1892.
Trata-se do primeiro viaduto construído na capital paulista, ligando a colina do Triângulo Histórico ao então “Centro Novo”.
Seu nome faz referência ao Morro do Chá, localizado na encosta da atual Rua Xavier de Toledo e às plantações de chá que existiam naquele período no Vale do Anhangabaú.