Já imaginou como seriam as clássicas peças de Shakespeare se os atores estivessem bêbados? Esse é o mote do espetáculo ‘Shakespeare Embriagado’, que troca o teatro pelo bar para festejar a obra do dramaturgo inglês como você nunca viu.
Em cartaz desde abril no Espaço Manivela (R. Schilling, 185 – Vila Leopoldina), com sessões às quintas às 20h30, o espetáculo ganhou um novo dia em cartaz. Agora, às sextas às 20h30 é possível assistir à peça no Coringa Madá (Rua Luís Murat, 370 – Vila Madalena).
Os ingressos custam a partir de R$ 60 (meia-entrada) e garantem, além do espetáculo, coquetéis e aperitivos para a plateia durante a apresentação. Classificação indicativa de 18 anos. Mais informações por aqui.
Sobre ‘Shakespeare Embriagado’
O diretor Dagoberto Feliz faz uma adaptação de ‘Hamlet’, príncipe dinamarquês que busca vingar a morte do pai. O espetáculo mistura o texto original com a liberdade do improviso dos atores, que constroem novas possibilidades junto com a plateia.
“A função do elenco é contar a história completa. O tempo e o álcool podem alterar a forma de contá-la, mas não seu conteúdo“, explica o diretor.
No elenco, estão Ton Prado, Lívia Camargo, Robert Gomez, Bruna Assis, Michel Waisman e Guilherme Tomé. A equipe é composta ainda pela dramaturgista Karol Garrett, o diretor assistente Guilherme Tomé e o diretor musical Fernando Zuben, com produção da Benjamim Produções.
Para o diretor, o encanto da montagem é “fazer Shakespeare o mais ‘esteticamente popular’ possível”. E para isso, nada melhor do que um bar, onde as pessoas estejam “à vontade para participar e mostrar seu entusiasmo, ou desaprovação, para o que acontece na cena”, afirma.
Segundo o produtor Henrique Benjamin, com o álcool, as tragédias de Shakespeare se tornam comédias. Além disso, a plateia tem poder de decisão em várias cenas, obrigando os atores a improvisarem e manterem o foco.
Cada show é diferente do outro, e cada apresentação de ‘Shakespeare Embriagado’ precisa de um “patrono”. Este terá uma experiência premium, um trono real com mordomo, coquetel da casa e tomada de decisões importantíssimas para o desenvolvimento da trama. A plateia também pode ser escolhida como parte da “trupe de atores” ou como o “fantasma do rei”.
Quem conhece, em pormenores, a tragédia toda poderá se divertir na comparação com o original e, para quem não conhece totalmente, a diversão estará na feitura e na descoberta dos quiprocós rocambolescos da família do Príncipe Hamlet”, aposta o diretor.