Se um dia grandes cidades subaquáticas foram apenas história de pescador, nos tempos atuais, o avanço do mar sobre os continentes faz com que as lendas se tornem cada vez mais reais e verdadeiras tragédias para as famílias que habitam as cidades praianas ao redor de todo o globo.
Desta vez, a comunidade caiçara está em risco, pois, segundo o estudo recente da Climate Central, sete cidades brasileiras podem desaparecer do mapa, elas são:
- São Luís do Maranhão;
- Rio de Janeiro;
- Porto Alegre;
- Fortaleza;
- Salvador;
- Recife;
- Santos.
Além disso, o estudo apontou área de risco para 100 cidades em 39 países e prevê que cerca de 2 milhões de pessoas podem ser afetadas com essa tragédia eminente. Ou seja, é um alerta global.
Santos pode sumir com o avanço do mar
Imagine descer para o litoral esperando visitar as belezas de Santos, como o Jardim da Orla, o Museu do Café, o Monte Serrat e o Aquário Municipal e não encontrar nada além da imensidão do mar.
Para evitar que as ressacas marítimas avancem sobre a área urbana, a cidade histórica instalou uma barreira de grandes sacos de areia para impedir o desastre. Ainda assim, especialistas apontam que apenas essa ação não é efetiva e um plano de ação para a fase de adaptação climática precisa ser implantado com urgência. Segundo eles, não há mais como evitar o avanço do nível oceânico, já que, mesmo se a emissão de carbono for controlada, a atmosfera continuaria aquecida.
Arraste o mouse e veja como ficará Santos, segundo as previsões do Climate Central:
Entenda a causa dos desastres
Com o cenário de aquecimento global, o nível do mar sobe desenfreadamente. Isto é, as calotas polares estão derretendo e podem causar um grande estrago, mesmo a quilômetros de distância de nós. Nos últimos 30 anos, o nível subiu 9 cm e previsões indicam que ele chegará a 80 cm até 2100.
Em São Paulo, a pesquisa da USP apontou que o nível do mar paulista subiu 20 cm nos últimos 73 anos. Até 2025, pode chegar a a 36 cm se a a emissão de carbono continuar na atmosfera. Assim, podemos notar que estamos cada vez mais perto de perder parte de nosso continente e história, como em Santos, para os mares.