Sabemos que o ano realmente acabou quando vemos panetones por todos os lados.
Há quem prefira o original (com frutas cristalizadas) e há quem goste mesmo é da adaptação chocolatuda, o chocotone. Em dezembro, todas as mesas oferecem o tradicional pão natalino. Mas será que todo mundo sabe de onde surgiu a tradição? Pouco se sabe sobre a sua origem, além de que veio da Itália, como o próprio nome sugere.
A lenda mais famosa conta que ele foi criado nos idos do século 15 por um assistente de padeiro. Toni, como se chamaria, teria jogado uvas passas outras frutas cristalizadas em uma massa de pão a fim de salvar a sobremesa do banquete de Natal. O duque de Milão gostou tanto da invenção que chamou a iguaria de panettone – ou pão Toni. Mas isso é uma lenda e não tem nenhum fundamento. É só uma dessas histórias que circulam pela internet.
A verdade é que os pães natalinos já existiam na Itália medieval e foram apenas se adaptando aos novos dias. O panetone que conhecemos hoje em dia, abraçado por papel manteiga e com o topo abaulado, surgiu em 1919. Em uma padaria de Milão, Angelo Motta introduziu levedura à receita e ao colocar a massa nesta forma, criou-se o novo formato.
Panetone no Brasil
No Brasil e na América do Sul, o panetone chegou aos lares com a imigração italiana no fim do século 19. O mais famoso aqui no Brasil é, sem dúvidas, o Panettone Bauducco. Ele chegou em 1948 pelas mãos de Carlo Bauducco, um italiano nascido em Turim. Ele abriu um pequeno negócio onde vendia o tradicional pão doce e outros quitutes em 1952, no bairro do Brás. A receita da massa do panetone daquela época é a mesma até os dias de hoje.
Independente de como surgiu a tradição, nós adotamos muito bem! O Brasil é o país que mais produz panetones, o que prova que nos apaixonamos pela massa doce regada com frutos (ou chocolate para os moderninhos).
Foto de capa: Décio Guanabarino Silveira Guanabarino