Um balão caindo em plena São Paulo, arrastando uma moto pelos ares, tombando carros e cortando a energia de bairros inteiros. Parece até piada de mau gosto, mas ocorreu na madrugada dessa segunda, dia 22, na Zona Leste da capital.
Moradores do Aricanduva relatam acordar com o estrondo de uma explosão, e ao saírem para a rua, se depararam com um enorme balão em chamas. Além de causar o incêndio, ele atingiu uma casa, uma creche e deixou mais de 20 mil pessoas sem luz, já que a estrutura caiu sobre a fiação elétrica.
Balão em São Paulo causa incêndio e assusta moradores
A explosão do balão ocorreu nas ruas Petrobras e Alto Belo, no Aricanduva. Segundo a Enel, ao atingir a fiação, sete bairros ficaram sem energia: Ermelino Matarazzo, Itaquera, São Miguel Paulista, Vila Carmosina, Vila Jacuí, Vila Progresso e Vila Ré.
O balão, que tinha 75 metros de altura, caiu na rua, no quintal de uma casa e no parquinho de uma creche local. Apesar dos prejuízos materiais, não houve feridos.
Antes de explodir, ele passou pela região de Itaquera, onde arrastou uma motocicleta até um poste de luz. Além disso, a estrutura tombou um veículo e danificou outros cinco.
Polícia investiga causadores do incêncio em São Paulo
Segundo investigações policiais, o balão que caiu na Zona Leste em SP teria sido solto por grupos de baloeiros do interior do estado, “Sandu Mosaico” e “Balão Mágico & Domínio”. É possível ver imagens do balão antes da soltura nas redes sociais, assim como vídeos do momento em que ele alçou voo (abaixo).
A polícia trabalha agora na identificação dos responsáveis, que estão sujeitos à condenação de até cinco anos de prisão. Isso porque soltar balões é crime previsto no artigo 261 do Código Penal, já que podem atrapalhar embarcações ou aeronaves, ao passarem perto de aeroportos por exemplo.
Além disso, a prática de fabricar, vender ou soltar balões também é crime ambiental, pois podem causar incêndios em florestas ou áreas urbanas, como o presenciado em São Paulo. Neste caso, a pena é de até 3 anos de prisão ou multa de R$ 10 mil, ou ambas. Vale ressaltar que crimes ambientais são inanfiançáveis.