Quem nunca ouviu (ou disse) gírias e expressões paulistanas, e que traduzidas para outra língua não querem dizer nada? Afinal, da mesma forma que locais podem ser marcantes, a nossa forma de falar e se expressar também nos caracterizam como habitantes de determinado local.
Por exemplo, quando pensamos em expressões paulistanas, logo lembramos do famoso “meu”! Mas há muitas expressões que são a cara de São Paulo. Por isso, selecionamos alguns dos exemplos mais engraçados e comuns no dia a dia do morador da capital paulista.
Gírias e expressões paulistanas
Cê
Diminutivo de você
“Cê vai para a aula hoje?”
Meu
Usada para chamar alguém, ou no começo e no final de qualquer frase. É o clássico do paulistano!
“Ô loco, meu”
Mano
Funciona da mesma forma que o “meu”. Às vezes, se torna quase uma vírgula de tanto que usamos.
“Mano, cê não sabe o que aconteceu!”
Mina
O feminino de “mano” é, também, usada para se referir as namoradas.
“Essa é a minha mina”
Mano do céu
A interjeição que é a cara do paulistano. Pode ser positiva ou negativa e a gente não se cansa dela.
“Mano do céu! Você não sabe!”
Tá me tirando?
Um sinônimo para a expressão “tá de sacanagem?”. Usada para tirar satisfação de atitudes que não gostamos.
“Não acredito que você fez. Tá me tirando, né?”
Tá ligado?
Quando se pergunta se alguém sabe de determinado fato. Também muito utilizado no final das frases como um substituto ao “entendeu?”.
“Cê tá ligado que eu queria muito poder ir…”
Breja
Cerveja.
“Vamos tomar uma breja depois do trabalho?”
Pistola/Pistolou
Alguém que perde a paciência/Ato de perder a paciência com algo ou alguém.
“Você viu a briga? Fulano ficou pistola!”
Velho
Da mesma família do “meu” e do “mano”.
“Velho, eu to tão cansada!”
Tio
Sim, os paulistanos têm todas essas formas de chamarem as pessoas.
“Que isso, tio? Tá louco?”
Osso!
Algo que está muito difícil de acontecer ou uma situação ruim.
“Tá osso lá na firma.”
Manjar
Entender ou saber.
“Manja aquele bar novo que abriu na Paulista?”
Miado
Algo que está ruim.
“Essa festa tá miada! Vamos embora!”
Rolê
É o mesmo que uma festa, passeio, saída. Mas também pode ser usada para algo que dá muito trabalho.
“Vamos dar um rolê esse fim de semana?” ou “Nossa, rolê ir até a Zona Sul e voltar!”
Mó
Sinônimo de muito.
“Nossa, mó rolê!” (muito longe, muito difícil)
Mó cota
Cota é usado para tempo e essa empressão com o “mó” se refere a algo que levou ou vai levar muito tempo.
“Faz mó cota que não vou ao Center Norte.”
Colar
Estar presente em um lugar ou evento.
“Você vai colar no churrasco desse fim de semana?”
Dois palitos
Algo que é feito rapidamente.
“Espera aí dois palitos, que só preciso terminar esse exercício.”
Embaçado
Uma situação complicada de resolver, difícil.
“Tá embaçado de reunir todo mundo, hein?!”
Fechou
Sinônimo de combinado, marcado.
“Fechou, então. No domingo, estarei lá!”
Foi mal
O jeitinho paulistano de se desculpar por algo.
“Foi mal, não queria te machucar.”
Meter o louco
Inventar histórias, mentiras ou desculpas. Seja para evitar uma situação, seja para aumentar uma história.
“Ela meteu o louco para poder faltar na escola”
Migué
Uma variação para “meter o louco”. Ficar de conversa mole ou mentir.
“Tive que dar um migué para conseguir sair de casa.”
Ter “as moral”
Sinônimo de ter coragem ou também audácia.
“Duvido que você tem as moral de fazer isso!”
Trombar
Encontrar com alguém.
“A gente se tromba na festa, então”
Dar PT
Dar “perda total” depois de uma bebedeira, ou seja, não se lembrar de (quase) nada.
“Fulano bebeu tanto na festa, que deu PT! Tivemos que pedir um táxi.”
Busão
Ônibus.
“Não aguento mais correr atrás do busão.”
Rachar o bico
Rir até passar mal.
“Nossa, rachei o bico com o tombo do fulano!”
Pode crer
Usado quando concordamos com alguém. Ou nem tanto, mas para evitar a fadiga, encerramos a discussão.
“Pode crer!”
Suave/sussa
É usado para concordar com algo, dizer que está bem ou até mesmo recusar algo.
“To suave de briga, podemos ficar bem?”
Trampar
O que todo paulistano faz muito e bem. Trabalhar!
“Não posso sair hoje, amanhã eu trampo logo cedo.”
Treta
Sinônimo de briga ou discussão.
“Nossa, teve mó treta lá na rua de casa, ontem à noite.”
Bagulho
Pode ser usada em quase todas as situações num sinônimo de “coisa”, “situação”, etc.
“O bagulho é louco!”
Gírias que só os paulistanos entendem, de acordo com nossos leitores
Apostamos que existem algumas gírias que só os paulistanos entendem! Afinal, a cidade é diversa e com muitas influências externas que impactaram diretamente nossa língua, ou seja, não é difícil encontrar modismos de fala que só ocorrem por aqui, não é mesmo? Mas será que as pessoas de fora entendem nosso vocabulário do cotidiano? Ou já era hora de lançarmos um “Glossário Paulistano” para ajudar os visitantes?
Para nos ajudar nessa, nossos seguidores listaram as gírias e expressões paulistanas que só os residentes da cidade entendem o significado. Confira a seguir e veja se alguma delas está no seu vocabulário:
@leilanevelame – Mistura… qual outro lugar chama proteína de mistura?!!?????!
@danielapiresconsteladora – Pode ir dando seus pulos, resolva seus BO
@luizajunquerida – Mó cota
@marcelosirsant – Chamam biscoito de bolacha, mesmo estando escrito na embalagem vai entender kkk
@camillatres – JÃO
@eliane.mingues – Agradecer falando: Magina hahaha. Não sei em qual momento da existência do paulista/paulistano aderimos o Imagina como agradecimento, mas é muito engraçado 😂
@karole.lopes – Comer bola
@saudementalpopnegra – Mó fita
@naty.greg – Dois palito
@oipauloarmando – “Mano” e suas 6419 entonações
@luisaendo – Não é uma gíria, mas sorvete de massa faz qualquer pessoa de fora de São Paulo achar que é um pote com macarrão congelado.
@caina_passos – Se pá. Eu uso e muita gente não entende…
@rachelmaranhao – Requeijão na entrada ou na saída?
@gumouta – Tô só o pó da rabióla.
@anediasz – Estou afim de comer comida mas comida de verdade 😂😂
@gh.smenezes – Mistura, cheio de 9 hora, virado no Jiraya
Curtiu a lista de gírias e expressões paulistanas? Qual delas você mais usa? E qual faltou e não pode ficar de fora? Ah, fica aí a nossa despedida…