Se você já foi à Rua 25 de Março em uma véspera de Natal, sabe bem como é se sentir em um “formigueiro” humano. Mas, segundo dados do Censo 2022, existe uma cidade da Grande São Paulo que merece ainda mais esse apelido: Taboão da Serra.
Localizada a oeste da capital paulista, Taboão da Serra detém o recorde de maior densidade populacional do Brasil. São mais de 13 mil habitantes por quilômetro quadrado, fazendo do município o mais “lotado” de todo o país.
Taboão da Serra atraiu migrantes vindos da capital paulista
As origens do município remontam aos anos 1910, quando surgiu na região uma comunidade chamada Vila Poá. Com apenas 20 quilômetros quadrados, o pequeno vilarejo era predominantemente rural e pertencia ao município de Itaperica da Serra. Sua emancipação ocorreu apenas em 1959.
Após se tornar município, Taboão da Serra recebeu diversas obras, como a construção de praças, parques e escolas. Tal desenvolvimento, somado à proximidade com a capital paulista, gerou um grande fluxo migratório. Milhares de trabalhadores de São Paulo se mudaram para Taboão na esperança de conseguir imóveis a preços mais acessíveis, sem precisar abrir mão da infraestrutura da capital.
Cidade fica cada dia mais “apertada”
Apesar do aumento exponencial em sua população, a pequena área de Taboão da Serra continuou a mesma. Atualmente, são mais de 273 mil pessoas morando em 20 quilômetros quadrados, o que nos leva à informação de que existem 13 mil habitantes por quilômetro quadrado.
Talvez os números não mostrem tão bem, então vamos a um exemplo prático usando a equivalênica de quilômetro quadrado para campos de futebol. A densidade populacional de Taboão da Serra equivale a 13 mil pessoas distribuídas em 140 campos de futebol — quase 92 pessoas por campo, enquanto uma partida de futebol conta com 22 jogadores.
Atualmente, Taboão da Serra tem taxa de urbanização de 100%, ou seja, praticamente não há mais áreas disponíveis para novas construções. Apesar disso, a população segue crescendo a cada ano, o que concentra ainda mais a população em um espaço restrito e torna o “formigueiro urbano” cada vez mais denso.
