
Você já ouviu falar no Muralha Paulista? O termo se refere a um projeto de segurança pública do estado de São Paulo, que busca combater a criminalidade por meio de um sistema tecnológico de vigilância.
Inaugurado oficialmente em setembro do ano passado, o projeto ainda causa dúvidas em muitos cidadãos. Como funciona? Para que serve? Assim, confira a seguir algumas respostas quanto ao programa:
Como funciona o Muralha Paulista?
O Muralha Paulista foi implementado de forma oficial em 4 de setembro de 2024, pelo Decreto nº 68.828. Segundo o Governo de São Paulo, o objetivo é “controlar a mobilidade criminal no estado de São Paulo, aumentando a probabilidade de prisão de criminosos”.
Isso se dá por meio de um sistema integrado de vigilância, que conecta mais de 10 mil câmeras de monitoramento em todo o estado. Com elas, agentes de segurança monitoram o local em tempo real.
Mais detalhes da tecnologia
A Muralha Paulista integra dados de órgãos como Detran, polícias civil e militar, prefeituras e bancos nacionais de dados criminais.
O sistema é capaz de fazer reconhecimento facial e ler de placas veiculares. Assim, agentes podem obter a localização em tempo real de pessoas desaparecidas, foragidos da Justiça ou carros roubados, por exemplo.
No início de 2024, o sistema já conectava 98% das cidades de São Paulo. A previsão para 2025 é aumentar ainda mais a cobertura, incluindo rodovias e zonas rurais.
Resultados positivos e críticas ao projeto
Até então, o sistema do Muralha Paulista auxiliou na recuperação de 107 carros roubados no Grande ABC em 2024, e levou à prisão de 19.300 pessoas foragidas pela Justiça em 2023. Além disso, o sistema facilitou a apreensão de 156 toneladas de drogas e 4.300 armas ilegais.
No entanto, o sistema recebe críticas quanto à vigilância em tempo real, que infringiria a privacidade dos cidadãos. Além disso, especialistas apontam o risco do uso indevido das informações coletadas.