Nos últimos dias, São Paulo sofreu um aumento nos casos de mpox, antes conhecida como varíola dos macacos. Até então, o estado registrou 315 casos da doença em 2024 — número maior do que os 88 casos reportados no ano passado, mas bem abaixo dos 4129 casos de 2022, ano em que ocorreu surto da doença.
Segundo o secretário estadual de Saúde de SP, Eleuses Paiva, o cenário da doença ainda não é preocupante em São Paulo. Ainda assim, por se tratar de um vírus altamente transmissível, é importante se precaver e ficar atento às recomendações dos órgãos da saúde.
Em seguida, conheça os principais sintomas da mpox, como se prevenir e o que fazer em caso de sintomas:
O que é a mpox?
A mpox é uma doença transmitida pelo vírus MPXV (monkeypox virus), que pertence à mesma família do vírus da varíola. Inicialmente a doença recebeu o nome de “varíola dos macacos” por ter sido descoberta em uma colônia de primatas, em 1958. No entanto, logo se descobriu que ela também atingia humanos e outros animais, como cachorros, ratos e esquilos, fato que levou a comunidade científica a mudar o seu nome para mpox.
A transmissão do vírus para humanos pode ocorrer de duas formas: via animais ou outros humanos. Por exemplo, recebendo uma mordida ou arranhão de animais contaminados; tendo contato com sangue, saliva ou feridas de pessoas doentes, e até mesmo ter contato com superfícies contaminadas.
Os primeiros sintomas são febre, cansaço, inchaço nos linfonodos, dores de cabeça e musculares. Até três dias depois da febre, porém, surgem erupções cutâneas, as “bolinhas na pele” que são características da doença.
O que fazer se houver sintomas?
A primeira coisa a fazer caso sinta algum dos sintomas descritos acima é buscar atendimento médico. Atualmente existem exames que acusam a presença do vírus MPXV, inclusive o próprio PCR.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), não há tratamento específico contra a mpox. A maioria dos sintomas desaparece sozinha, no entanto, é sempre importante buscar orientação dos profissionais da saúde. Eles podem receitar remédios para aliviar os sintomas e até mesmo evitar sequelas a longo prazo.
Por fim, não se deve tocar ou estourar as bolhas, pois isso pode aumentar as chances de contágio.
Como se proteger da mpox?
Já que a doença é transmitida por um vírus, o primeiro passo para se proteger é evitar contato com pessoas em suspeita de mpox. Caso precise entrar em contato, use máscara e higienize bem as mãos com água e sabão, ou álcool se não for possível lavá-las.
Atualmente há vacinas que previnem contra o vírus MPXV, no entanto, elas estão em falta em São Paulo. O Ministério da Saúde negocia a compra emergencial de 25 mil doses da vacina, que serão distribuídas entre todos os estados. A partir daí, elas serão aplicadas sobretudo em grupos de risco, como pacientes imunossuprimidos.