Nesta semana, o Governo de São Paulo registrou mais três casos de febre do Oropouche no interior do estado, totalizando cinco desde a semana passada. Todos os casos ocorreram no Vale do Ribeira, ao sul do estado, e acenderam um alerta quanto ao aumento da doença no estado e no país.
A seguir, entenda como ocorre esta febre, as melhores formas de se prevenir e o que fazer caso esteja com sintomas:
O que é a febre do Oropouche?
A febre do Oropouche é uma doença tropical causada por um vírus do gênero Orthobunyavirus, transmitida por mosquitos. Seus sintomas incluem febre de início súbito, dores musculares e de cabeça, náusea e diarreia; muito similares à Dengue e à Chikungunya, o que pode dificultar o diagnóstico.
O vírus foi identificado pela primeira vez no Brasil, em 1960. Desde então, há ocorrência de surtos da febre de Oropouche todos os anos, sobretudo na região Amazônica.
Os números de 2024, porém, estão bem acima do esperado. Para se ter uma ideia, o Ministério da Saúde registrou 835 casos em 2023, a grande maioria na região norte. Enquanto neste ano, até o início de julho, mais de 7 mil casos já haviam sido identificados, em 16 estados do país.
Aqui em São Paulo, os registros foram nas cidades de Cajati e Pariquera-Açu, a pouco mais de 200km da capital. Todos os pacientes evoluíram para a cura.
O que fazer se houver sintomas de febre do Oropouche?
Caso você comece a sentir febre, dores e outros sintomas do Oropouche, o primeiro passo é não se automedicar e buscar atendimento médico. Não há um tratamento específico para a doença, mas o profissional poderá tratar os sintomas e recomendará bastante repouso.
Como se prevenir contra o Oropouche?
Ainda não há uma vacina específica contra esta febre. No entanto, já que a transmissão ocorre por picada de mosquitos, é possível se prevenir contra ela.
Nesta terça, dia 06, o Governo de São Paulo divulgou um podcast com recomendações para tal. Em primeiro lugar, evite entrar em matas e locais com grande incidência de mosquitos. Caso seja inevitável, roupas de manga comprida, de preferência com cores claras, e passe bastante repelente nas áreas expostas.
Caso more ou esteja de visita em uma área com ocorrência da doença, ao dormir, faça uso de telas e mosquiteiros. Além disso, evite limpar terrenos ou criadorous de animais.
As recomendações servem para todos, mas sobretudo para mulheres gestantes, pois pode ocorrer transmissão do vírus da mãe para o bebê durante ou parto ou gestação.