Nesta quarta, dia 07, a Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo anunciou mais uma etapa do processo de despoluição do Rio Tietê. A partir de agora, o governo estadual investirá R$ 233 milhões no desassoreamento, ou seja, na retirada de detritos do principal rio da capital.
O processo faz parte do Programa IntegraTietê, que desde o ano passado, trabalha para limpar e revitalizar o rio, que sofre há anos com grande poluição. Isso ocorre junto da despoluição de outro importante curso d’água, o Rio Pinheiros, que conta atualmente com investimento de R$ 79,5 milhões.
Conheça mais sobre a história do Tietê e seu processo de limpeza a seguir:
Rio Tietê: de espaço de lazer a esgoto a céu aberto
O Rio Tietê nasce na Serra do Mar, em Salesópolis, e então corre para o interior paulista, onde cruza todo o estado até desaguar no Rio Paraná. É o mais importante rio do estado, e um dos mais importantes economicamente falando também.
Por incrível que pareça, o Tietê estava limpo até pouco tempo atrás. Até 1960, por exemplo, era possível avistar peixes em trechos que cruzam a capital. E pouco antes, na década de 1940, seu trecho paulistano recebia corrida de barcos e até competições de natação!
De 1940 a 1970, porém, o Tietê começou a receber grandes quantidades de esgoto doméstico, além de dejetos industriais, que tornaram a prática de esportes náuticos impossível. A partir daí, ele se tornou um dos símbolos da poluição em São Paulo.
Programa IntegraTietê trabalha na despoluição
Em 2023, o governo do estado lançou o programa IntegraTietê, que promete despoluir o Rio Tietê a longo prazo. Isso se dá por meio de melhorias na rede de saneamento básico, para impedir que dejetos domésticos atinjam o rio; desassoreamento; melhoras na qualidade da água; dentre outros. A previsão é que R$ 15,3 bilhões sejam investidos até 2026, e mais de R$ 23,5 bilhões até 2029.
Uma avaliação do Observando o Tietê, da SOS Mata Atlântica, constatou que, em certos trechos do rio, a qualidade da água está melhor do que em anos anteriores. No entanto, ela ainda está longe de estar limpa realmente, o que significa que ainda há um longo trabalho pela frente até que vejamos o Tietê “vivo” novamente.
Nesta nova etapa, espera-se retirar 1 milhão de metros cúbicos de detritos dos rios Tietê e Pinheiros, o que equivale a 71 mil caminhões cheios. Será que teremos rios límpidos em São Paulo no futuro?