Será que estamos vivenciando o fim das praias paulistas? Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) em 2017, diversas praias podem ser “engolidas pelo mar”. O Mapa de Risco à Erosão Costeira do Estado de São Paulo identificou que cerca de 28 pontos podem desaparecer ao decorrer dos anos.
A vulnerabilidade da região costeira no litoral paulista gera preocupação aos habitantes. Além das pessoas perderem um espaço de lazer, o problema ambiental pode gerar uma crise na economia turística dessas praias. Muitas cidades estão adotando medidas para evitar o avanço do mar, como a criação de barreiras submersas, muros e o uso de sacos de areia. Mas, até o momento, 40% da costa brasileira enfrenta a situação.
Confira as praias que podem ser engolidas pelo mar
O constante avanço marítimo provoca perda de espaço nas praias, afeta a vegetação e as edificações locais, gerando um grande risco para a população. Veja a lista de praias com risco de erosão:
- Ubatuba: Ubatumirim, Barra Seca, Itaguá, Praia Grande, Fortaleza e Maranduba;
- São Sebastião: Enseada, São Francisco, Pontal da Cruz e Baraqueçaba;
- Caraguatatuba: Tabatinga, Massaguaçu e Caraguatatuba;
- São Vicente: Gonzaguinha e Capitão;
- Bertioga: Itaguaré e São Lourenço;
- Iguape: Itacolomi, Jureia e Leste;
- Guarujá: Pernambuco e Astúrias;
- Ilha Comprida: Ilha Comprida;
- Ilhabela: Perequê e Itaguaçu;
- Peruíbe: Peruíbe e Guaraú;
- Itanhaém: Itanhaém.
Quais são os motivos por trás dessa tragédia eminente?
Dois fatores provocam esta crise ambiental. O primeiro é a erosão costeira que apesar de ser um processo natural, é acelerado pelas atividades humanas e afetam negativamente os ciclos naturais do solo. A ocupação desordenada do litoral também tem grande impacto nesta situação.
O segundo fator preocupante são as mudanças climáticas. O aumento do nível do mar e a crescente incidência de eventos climáticos extremos mostram como as regiões costeiras estão vulneráveis e podem facilmente sofrer prejuízos.