Por todo o Brasil, em 20 de novembro, lembra-se o Dia da Consciência Negra. A data é referente à morte de Zumbi dos Palmares, o maior líder quilombola de toda a América Latina e um dos pioneiros à resistência do regime de escravidão imposto pela Coroa Portuguesa no Brasil.
O objetivo é celebrar e debater acerca da importância da comunidade negra no Brasil, seu protagonismo e contribuições para a história de nosso país.
A data já era feriado estadual em São Paulo desde setembro de 2023. No entanto, em novembro do mesmo ano, a Lei nº 14.759/2023 transformou 20 de novembro em feriado em todo o país, além de um importante dia de memória. Mas qual a história por trás da data? Conheça a seguir!
Como surgiu o Dia da Consciência Negra?
Inicialmente, uma data muito falada no calendário brasileiro era 13 de maio, lembrando a assinatura da Lei Áurea que encerrou a escravidão no Brasil. No entanto, a legitimidade da data era controversa, e buscou-se então outras que trouxessem mais sentido à resistência negra de nosso país.
Em 1970, militantes e pesquisadores de negritude propuseram o Dia da Consciência Negra, que ocorreria em 20 de novembro, data da morte de Zumbi dos Palmares. Dessa forma, teríamos como protagonista uma personalidade preta de grande importância para a história brasileira.
Durante quinze anos, Zumbi foi líder do Quilombo dos Palmares, o maior que já existiu no Brasil. Durante sua liderança, ele fez resistência contra invasões de portugueses que visavam destruir o quilombo.
Em 1695, porém, Zumbi foi encurralado e assassinado pelas tropas de Domingos Jorge Velho, bandeirante contratado pela capitania de Pernambuco para erradicar o quilombo.
Com o passar dos séculos, ele se tornou um símbolo da resistência do povo negro no Brasil, e sua luta foi imortalizada por meio do Dia da Consciência Negra.